Avanço do desmatamento reforça a importância da gestão ambiental

Autor: Leonardo Tulio Rodrigues - estagiário de jornalismo

Brigadistas do Prev Fogo do Ibama, checam area de floresta derrubada e queimada no municipio de Apui, Amazonas. Foto: Bruno Kelly/Amazonia Real.

O total de alertas de desmatamento nesse período na Amazônia totalizam 8.590 km² na temporada 2021/2022, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe). Segundo o instituto, foi a terceira pior em cinco anos, atrás apenas da temporada de 2019/2020 e 2020/2021.

Na busca por reduzir esses números, a gestão ambiental é uma ferramenta importante para a conservação dos recursos naturais, visto que a degradação ambiental vem sendo cada vez mais frequente no país.

O biólogo e tutor do curso de Gestão Ambiental da Uninter, André Maciel Pelanda, explica que a gestão ambiental é a área que busca promover a sustentabilidade e avaliar os impactos ecológicos decorrentes da ação humana. Segundo ele, os problemas ambientais têm crescido de maneira exponencial desde a revolução industrial, no final do século 19.

“Com as alterações no modo de vida das pessoas, como o êxodo rural e o aumento populacional, passamos a ter grande demanda de recursos naturais, gerando um processo de exploração sobre o meio ambiente”, diz.

As ações do ser humano sobre o meio ambiente ocorrem há muito mais tempo, porém elas começaram a ter reflexos relevantes a partir do século XIX, com os processos de poluição e degradação do meio ambiente.

“Na revolução, ainda não tínhamos a preocupação acerca da emissão de gases poluentes, e nem conhecíamos as consequências disso na vida das pessoas”, afirma.

Um ambiente degradado gera também consequências sobre a qualidade de vida da população humana. Vemos isso de maneira frequente em atos como a contaminação hídrica, a poluição do ar, o consumismo e o descarte incorreto de materiais sintéticos.

 Gestão ambiental no terceiro setor

Boa parte das iniciativas voltadas ao meio ambiente são desenvolvidas pelo terceiro setor, como são designadas as instituições que não fazem parte nem do Estado e nem do mercado.

André Maciel Pelanda explica que, em aspectos gerais, o terceiro setor é composto por organizações não-governamentais sem fins lucrativos e que atuam no fortalecimento das ações sociais, inclusive no âmbito do meio ambiente. Segundo a nova atualização do Mapa das Organizações da Sociedade Civil, foram documentadas cerca de 815 mil ONGs no país em 2020.

Nathália Lacerda, advogada do Instituto Mário Cardi Filho, aponta que o principal objetivo do terceiro setor é fornecer à população tudo aquilo que o Estado e o setor privado não foram capazes de suprir, sempre com intuito de diminuir desigualdades e solucionar conflitos relacionados à saúde, educação, direitos humanos, crianças e idosos, pessoas com necessidades especiais e afins.

Durante anos, a falta de uma regulamentação comprometeu o trabalho realizado por essas organizações, impossibilitando a verificação de verbas e a prestação de contas para a administração pública.

Somente em 2014, foi aprovada a Lei nº 13.019/2014, conhecida como o Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil, que regula no âmbito jurídico as parcerias entre a administração pública e as organizações da sociedade civil e fortalece as inciativas na busca por reverter o quadro ambiental atual.

A relação do terceiro setor com a gestão ambiental e as diversas inciativas na área foram temas abordados em live transmitida pela Escola Superior de Saúde Única da Uninter (ESSU) em 10 de agosto.

Comandada pela professora tutora no curso de Gerontologia da Uninter, Fabiana Prestes, a live recebeu o biólogo e tutor do curso de Gestão Ambiental da Uninter, André Maciel Pelanda, para debater um pouco mais sobre a preservação ambiental.

Assista à live “Gestão Ambiental e Urbana e a relação com o Terceiro Setor” pelo canal de Youtube da ESSU.

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Autor: Leonardo Tulio Rodrigues - estagiário de jornalismo
Edição: Larissa Drabeski


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