Autoestima – você pode melhorar a sua
Autor: Ademir Bueno*Em qual nível se encontra, neste momento, sua autoestima? Alta ou baixa? Como anda a sua percepção sobre si mesma(o)? Respostas a essas perguntas lhe darão uma noção de como você está se posicionando no mundo, como está se vendo e como está se percebendo frente a tudo e a todos. Neste artigo, iremos tratar deste tema que é pouco discutido, mas que tem grande interferência em nossa vida, em nossa capacidade em ser feliz.
Estimar-se, apreciar-se, gostar de si, admirar-se por suas qualidades, pelos feitos realizados, pela disposição em fazer as coisas acontecerem. Isso é autoestima: essa condição que temos de nos olhar no espelho, de refletir sobre quem somos e sobre o que temos de bom a oferecer e gostar de tudo isso, sentir que somos uma pessoa do bem, que tem qualidades que superam os defeitos.
São vários os fatores que podem comprometer o nível de autoestima de uma pessoa, vamos a eles: baixo autoconhecimento, ter vivido em uma família desestruturada, conviver com pessoas extremamente negativas e críticas, ter passado por traumas ou problemas de saúde graves, ter se envolvido em relacionamentos abusivos, ter chefes e não líderes no ambiente de trabalho e nunca ter feito psicoterapia, entre tantos outros. Quais desses aspectos já impactaram sua estima?
Pessoas com a estima baixa são aquelas que, no ambiente de trabalho, nunca se acham capazes de fazer nem o que está sob sua responsabilidade, muito menos de se lançar a novos projetos. São inseguras, acham sempre que estão erradas, que estão sendo perseguidas por outras, não conseguem assumir as responsabilidades sobre os parcos resultados que produzem.
A baixa autoestima leva a um comprometimento da percepção. Assim, não é raro haver problemas de relacionamento por conta de mal-entendidos, de frustração por uma frase que foi dita à pessoa. A liderança, por vezes, aproveita-se dessa condição para sobrecarregar a pessoa que sempre acha que seu emprego está na berlinda. Assim, a pessoa torna-se vulnerável e sujeita às ações e comportamento dos outros, o que só a leva a ter sua autoestima ainda mais comprometida.
Mas nem tudo está perdido, sempre é possível reverter esse quadro! Isso pode acontecer com ajuda de um psicólogo(a). Esse profissional é especialista em gente, sabe os meandros e as causas da baixa autoestima, além de quais caminhos o paciente deverá construir para reverter tal quadro.
Se não houver condições para bancar um processo psicoterápico, a pessoa pode fazer por ela mesmo esse caminho. Claro que não é tão fácil, mas é possível. Comece se olhando no espelho, vendo e reconhecendo que possui beleza, que possui coisas boas. Lembre-se dos projetos aos quais já se lançou e o que alcançou. Leia livros e textos sobre relacionamentos, características de personalidade e outros. Não há mágica, nem é rápido, mas é possível superar essas limitações.
Centre-se em você e não no que as outras pessoas pensam de você. Afaste-se dos negativistas e pessoas que só querem se aproveitar de sua bondade. Volte a praticar seus hobbies, disponha-se a fazer algo novo em sua vida, faça novas amizades, sujeite-se a novas rotinas. Acredite que pode! Se você se sentir insegura(o), siga em frente assim mesmo. Pensa que para o outro é diferente? Não é não. Então, movimente-se na direção das coisas que te propiciarão mais felicidade.
Crer em si mesmo é um dever de quem deseja ser mais feliz. Então, acredite, você é especial, você é melhor do que crê hoje. Não desista, a maior felicidade está logo ali.
* Ademir Bueno é psicólogo, mestre em Sociologia e professor adjunto do curso de Administração e de cursos de pós-graduação da Uninter.
Edição: Larissa Drabeski
Créditos do Fotógrafo: Kampus Production/Pexels