Auditores explicam a estudantes como funciona a aduana brasileira
Letícia Costa – Estagiária de Jornalismo
O Brasil teve um superávit de US$ 47.692 bilhões em sua balança comercial em 2016, o maior desde 1980, quando começou a ser registrada a série histórica. Foram US$ 185,244 bilhões em exportações e US$ 137,552 bilhões em importações (leia aqui). As mercadorias que entram e saem do país, resultando nesses montantes, precisam passar pela Aduana.
Esse órgão da Receita Federal cobre os mais de 16 mil km de fronteiras terrestres do Brasil, está presente em 41 aeroportos, em 40 portos e em outras 218 instalações portuárias. Suas ações envolvem ao combate à sonegação, fiscalização, segurança e agilidade no comércio exterior.
Dois auditores fiscais da Receita estiveram no campus Tiradentes da Uninter no último dia 31 para contar aos estudantes de Comércio Exterior como se dá o controle desse volume todo de importações e exportações. Nivia Maria Bezerra e Ricardo da Silva La Cava contaram como funcionam as operações, resgataram a história da divisão em Curitiba, explicaram a maneira que executam o trabalho e reforçaram a importância de tudo estar dentro dos padrões legais.
Nivia trabalha na Receita há 19 anos. Começou na fronteira do Brasil com a Argentina e nos últimos 14 anos vem trabalhando com a seleção de contribuintes para fiscalização da área aduaneira. “É importante estar na conformidade das ações aduaneiras para ganhar agilidade e rapidez no desembaraço das mercadorias. Ter conhecimentos para conseguir atender as exigências. Por exemplo, o cuidado com a logística, o cuidado com o transporte da mercadoria e a importância das informações sobre o cadastro da empresa”, exemplifica.
Ricardo atua como piloto na divisão de operações aéreas no aeroporto do Bacacheri em Curitiba, que tem abrangência nacional. Segundo ele, o foco principal está no combate ao contrabando e ao descaminho. Também ações de vigilância de fronteiras, repressão a crimes fronteiriços e ações de inteligência de fiscalização de tributos, na questão de obras e construção civil.
“Nós pilotamos helicópteros em ações aduaneiras de vigilância de repressão e combate ao contrabando nas fronteiras do Brasil. Muitas vezes a pessoa tem um patrimônio em um terreno e ela declara esse terreno, mas na verdade já construiu um imóvel nesse local e isso não está declarado, então a gente consegue verificar uma incompatibilidade de uma declaração de imposto de renda e o patrimônio que realmente a pessoa tem. O helicóptero e uma câmera ajudam a identificar isso”, diz Ricardo.
Edição: Mauri König