IGUALDADE

Audiência discute violência contra mulher

Impossível! Era o que se diria se há algumas décadas alguém ousasse dizer que a mulher teria em breve a mesma relevância social e o poder do homem. No entanto, cada vez mais podemos ver que a mulher se destaca na sociedade e caminha em direção à igualdade. Mas muitas barreiras ainda persistem, como a jornada dupla de trabalho, a violência e o preconceito.

Ao longo dos anos várias mulheres se destacaram como símbolo da luta por igualdade e contra o preconceito. Dentre elas podemos destacar Maria da Penha, que lutou pela condenação do ex-companheiro que tentou matá-la duas vezes, abrindo assim o caminho para que outras mulheres pudessem denunciar abusos e agressões sofridas no âmbito doméstico. Anos após sua batalha jurídica, através do projeto de lei que leva o seu nome, garantiu a proteção legal de mulheres vítimas da violência em todo o país.

Coordenada pela deputada Cantora Mara Lima, a comissão de defesa da mulher se reuniu na manhã do dia 25 de março na Assembleia Legislativa do Paraná para uma audiência pública em que discutiu o tema: “Violência contra a mulher. Desafios e conquistas”.

Com a presença de importantes autoridades políticas, de professores e alunos de vários cursos, assim como de grupos de representação feminina, o evento reuniu diversos palestrantes, que observaram os aspectos pertinentes às suas especializações, abrangendo desde o âmbito social até o jurídico.

Representando o Grupo Uninter, a professora Bruna Isabelle Simioni Silva, do curso de Direito, foi a última palestrante da manhã. Ela falou sobre a importância desta discussão para o surgimento de novas ideias para a conscientização da população no combate à violência contra a mulher, e também sobre sua experiência em direito penal.

“Não adianta a existência de leis constitucionais, leis infraconstitucionais que tragam direitos e garantias se as pessoas não tiverem a conscientização da necessidade de imposição ou da importância dessas leis”, explica Bruna. Ainda segundo ela, o problema não é somente judicial, mas da urgência de políticas públicas em concretizar essas leis e encontrar meios de trazer ações afirmativas para conscientização de todos.

Ao final da audiência, que lotou o salão anexo ao Plenário, houve uma enorme salva de palmas, seguida de uma confraternização entre membros da comissão e apoiadores da causa. Juntos, todos compartilharam a esperança de que unidos poderemos mudar a realidade de violência e preconceito contra a mulher, lembrando que “o impossível” só existe quando desistimos de tentar.

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Autor: Caio Brenner - estagiário de Jornalismo
Edição: Mauri König / Revisão textual: Jefferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Caio Brenner - Estagiário de Jornalismo

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