As relações humanas em tempos difíceis

Autor: Leonardo Tulio Rodrigues - Estagiário de Jornalismo

Nos ambientes familiares, sociais e profissionais, buscamos manter boas relações com as pessoas ao nosso redor. Nas últimas duas décadas, as redes sociais passaram a ser instrumento importante na manutenção e criação de amizades. Com a chegada da pandemia de Covid-19, as relações passaram por diversas transformações, sendo inclusive contaminadas pela polarização ideológica, com aspectos como intolerância e preconceito.

Durante a Semana Pedagógica da Uninter, evento que abriu as atividades acadêmicas em 2022, Fernanda Alves Chaves, especialista em Gestão Estratégica de Pessoas, palestrou sobre as relações humanas e como podemos fortalecê-las em tempos difíceis.

Para que as relações se mantenham bem, é necessário desenvolver algumas habilidades que nos permitam lidar com diferentes situações do cotidiano. Uma delas é a empatia. Ao nos deparamos com situações de intolerância e violência, a empatia se mostra como uma das habilidades sociais mais valorizadas. Isso levanta algumas questões. Como podemos melhorar as relações humanas no mundo atual? Como compreender melhor o outro em sua essência?

Fernanda explica que existem várias verdades, ou melhor, várias interpretações e perspectivas da nossa realidade. Elas são baseadas em nossas sensações e percepções, as quais não escolhemos ou filtramos, somente sentimos.

Entretanto, nós dominamos o nosso comportamento, como agimos com cada sentimento ou interpretação do real. “Precisamos ter inteligência emocional para ter entendimento sobre os nossos sentimentos”, afirma.

Por isso ela reforça a importância de compreendermos as diferenças que nos permeiam, sendo elas étnicas, culturais, econômicas, linguísticas, de gênero, entre muitas outras.

Para os especialistas em gestão de pessoas, as relações humanas se desenvolvem em 4 fases: construção, continuação, deterioração e finalização. Ao analisar as duas primeiras fases de uma relação, Fernanda ressalta o valor de uma manutenção constante das relações para que se tornem duráveis. Aspectos como empenho, empatia e compreensão podem ajudar nesse processo

 Comunicação não-violenta

O psicólogo norte-americano Marshall Rosenberg foi o criador do conceito de comunicação não-violenta. De acordo com ele, precisamos entender que pessoas são diferentes e pensam diferente de nós. A comunicação não-violenta é explicada por Marshall como uma estratégia que segue os seguintes passos:

1) Observação – somente observar, sem enquadrar em certo ou errado, sem julgamentos.

2) Sentimentos – entender como cada situação faz você se sentir

3) Necessidades – reconhecer as necessidades relacionadas ao sentimento

4) Pedido – pedir algo específico e claro

Para Fernanda Chaves, o que os outros fazem nunca determina como vamos responder. A responsabilidade sobre nossas ações é inteiramente nossa. “Toda agressão é uma expressão trágica de uma necessidade não atendida.”

As ideias desenvolvidas por Marshall nos permitem observar o outro com um olhar mais humano e conviver com o contraditório de maneira mais empática e harmoniosa, buscando assim criar as tão desejadas relações em meio ao caos do mundo atual.

A palestra ministrada por Fernanda Alves Chaves contou com apresentação de Débora Veneral, diretora da Escola Superior de Gestão Pública, Política, Jurídica e de Segurança da Uninter. O conteúdo está disponível no AVA Univirtus, plataforma acadêmica da Uninter.

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Autor: Leonardo Tulio Rodrigues - Estagiário de Jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro


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