As redes sociais dão voz às vítimas de assédio e violência sexual

Autor: *Letícia Porfírio

Nos últimos meses, o nome P. Diddy ganhou destaque nas notícias e discussões online. O empresário, rapper e produtor musical está no centro de graves acusações de tráfico sexual e abuso. Sean “Diddy” Combs, ou P. Diddy, construiu uma carreira sólida, produzindo artistas como Notorious B.I.G., Usher e outros grandes nomes do hip-hop e R&B. Além disso, cultivou relações com ícones como Jay-Z e Kanye West, consolidando sua posição no entretenimento.

Essa não foi a primeira vez que Diddy se viu envolvido em controvérsias. Em 1999, ele enfrentou seu primeiro processo criminal, após um tiroteio em uma boate, no qual três pessoas foram baleadas. Na ocasião, foi acusado de porte ilegal de arma e tentativa de suborno.

As acusações mais recentes surgiram em 2023, quando a cantora Cassie Ventura, ex-namorada de Diddy, entrou com um processo judicial alegando abusos físicos, sexuais e emocionais durante o relacionamento. Cassie relatou que Diddy a forçou a participar de atos sexuais não consensuais e a submeteu à violência e controle psicológico. Sua denúncia trouxe visibilidade ao caso e abriu caminho para que outras mulheres viessem a público com histórias semelhantes.

As redes sociais desempenharam um papel central na amplificação dessas acusações. Plataformas como Twitter, Instagram e TikTok tornaram o caso amplamente acessível, permitindo que usuários comentassem e debatessem o tema com uma velocidade e alcance globais.

A viralização de discussões sobre o comportamento de figuras públicas, como Diddy, tem sido fundamental para manter o caso em evidência, assim como o movimento #MeToo, lançado nos Estados Unidos para denunciar casos de assédio sexual na indústria cinematográfica e que ganhou o mundo.

Nos últimos anos, as redes sociais se tornaram espaços onde celebridades são expostas por comportamentos abusivos. No caso de Diddy, a prática de revelar publicamente esses atos foi alimentada por postagens virais e vídeos no TikTok. Essa cultura permite que vítimas compartilhem suas experiências e pressionem por justiça.

A internet não apenas amplificou as denúncias, mas também colocou em evidência a cultura de impunidade na indústria do entretenimento. Deu voz às vítimas desse tipo de violência, que sofriam caladas. Não tem mais volta.

*Letícia Porfírio é mestre em Comunicação e Linguagens, doutoranda em Comunicação e Linguagens e professora do CST Marketing Digital do Centro Universitário Internacional Uninter.

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Autor: *Letícia Porfírio
Créditos do Fotógrafo: Pexels


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