As lições e as dicas de um mestre para ser um bom professor
Autor: Juliane Lima - Estagiária de JornalismoO espírito de coletividade faz parte da essência do ser humano, desde os primórdios da espécie, quando ainda dávamos os primeiros passos na superfície do planeta. O homo sapiens conquistou a terra através da cooperação, explica Ivo Carraro, psicólogo do Centro de Atendimento Psicopedagógico do Grupo Uninter. Ele proferiu a palestra “Gratidão em ser professor e o espírito de pertença” durante a Semana Acadêmica de Docentes 2020 da instituição, realizada de 27 a 31 de janeiro.
“Alguém que sabe trabalhar bem com pessoas é mais relevante do que um profissional que conhece bem sobre determinando assunto”, iniciou Carraro. Ele falou aos professores da Uninter sobre a importância do espírito de pertencimento. O bom andamento do aprendizado dos alunos passa por diversas pessoas. Do diretor-executivo ao professor que está em contato direto com os estudantes em sala de aula, o relacionamento e os laços afetivos são fundamentais nesse processo.
Carraro conta que as memórias emocionais levam a um melhor aprendizado. Ele deu o exemplo de como se tornou professor de matemática do ensino fundamental. Inspirou-se no modo de ensinar de um professor do seu tempo escolar e, a partir dessa memória afetiva, conseguiu ter um bom desenvolvimento na profissão.
Quando começou a dar aulas, percebeu nos seus alunos que eles não absorviam todo o conteúdo que era ministrado, foi aí que se interessou em conhecer melhor as maneiras distintas de aprendizagem de cada um. Por isso, buscou na psicologia formas de entender o cérebro humano. Uma das coisas que Carraro aprendeu é que toda aprendizagem humana passa pela porta emocional do indivíduo, e isso nenhuma máquina consegue copiar.
Quando perguntou aos ouvintes se eles lembravam dos seus primeiros professores, todos disseram que sim. Segundo Carraro, isso se dá pelas nossas memórias emocionais, pois os professores costumam deixar marcas em nossas vidas, e isso não se perde ao longo dos anos. O psicólogo explicou que essas experiências de vida são o que nos difere uns dos outros, e os professores têm de estar preparados para lidar com essas diferenças em sala de aula.
Para finalizar, Carraro deu três dicas de como aprimorar seu dia a dia em sala de aula, e também na vida pessoal: 1) fazer o que gosta e gostar do que faz, 2) ter um propósito para tudo o que se propõe e fazer, e 3) ter uma vocação, para não pensar apenas nas recompensas financeiras do que se faz.
Autor: Juliane Lima - Estagiária de JornalismoEdição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Gabriel Prado - Estagiário de Jornalismo