As delícias e os amargos do jornalismo gastronômico

Autor: Gustavo Henrique Leal - Estagiário de Jornalismo

Diariamente vivenciamos um jornalismo veloz, informativo e globalizado, com muitas áreas e especializações como as áreas esportiva, política e até mesmo investigativa. Mas a área mais saborosa e apetitosa do jornalismo é a gastronômica, que abrange comidas e bebidas sem quaisquer tipos de preconceitos ou restrições.

As matérias gastronômicas costumam ter um caráter opinativo, se voltando para as críticas gastronômicas, sem deixar de lado resenhas e textos sobre restaurantes, ingredientes, produtos e receitas. Os conteúdos leves e tranquilos do jornalismo gastronômico não possuem uma urgência tão grande e exclusiva quanto as chamadas “hard news”, que são as notícias políticas e fervorosas do dia a dia que fazem parte do interesse público.

Doutora em Comunicação e jornalista gastronômica, Gisele Rech conta como foi parar na área. “Comecei como um gosto, um prazer pela questão da gastronomia mesmo. Eu atuava em outras áreas do jornalismo e, como gostava muito de viajar, comecei a ver oportunidades, algumas pautas interessantes para trazer e oferecer aos veículos de comunicação inicialmente aqui de Curitiba. Finalmente há uns três anos comecei a trabalhar diariamente com isso no Bom Gourmet, [do jornal] Gazeta do Povo”, explica.

Com contribuições para a L’Officiel Hommes, Nossa/UOL e Tribuna Paraná, Gisele explica a importância das redes sociais para o crescimento da área. “Os processos comunicacionais com a internet foram ficando mais horizontalizados. A escuta do público que quer receber o conteúdo ficou muito mais ativa, muito mais importante e muito mais forte”, diz.

Apesar do auxílio para a expansão do jornalismo gastronômico, a internet trouxe também uma complexidade muito grande em questão de banalização nas críticas gastronômicas. Qualquer pessoa hoje poder acessar as redes e ir às ruas falar de algum restaurante ou de algum prato sem ter experiência ou conhecimento sobre culinária e sobre jornalismo, apenas lidando com a opinião. Nesses casos, Gisele explica que qualquer um pode fazer isso, mas que o jornalista deve fazer um trabalho aprofundado, que, ao ser divulgado, tenha sim diferencial para o público, mostrando que ele é um profissional daquela área.

Gisele Rech participou do programa Art& Cultura da Rádio Uninter, com apresentação de Arthur Salles e Barbara Carvalho. Assista à íntegra da entrevista neste link.

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Autor: Gustavo Henrique Leal - Estagiário de Jornalismo
Edição: Arthur Salles - Assistente de Comunicação Acadêmica
Créditos do Fotógrafo: Elevate e reprodução YouTube


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