Arteterapia com fantoches desperta habilidades em colaboradores
Autor: Nayara Rosolen - JornalistaNa busca por sensibilizar e desenvolver habilidade comportamentais, assim como estimular a escuta empática, a oralidade e a criatividade, os colaboradores da 3ª turma do projeto Despertar realizaram três semanas de oficinas de arteterapia com base no teatro de fantoches. Dentro do Programa Ser Capaz, a iniciativa é realizada pelo IBGPEX, Instituto de responsabilidade socioambiental da Uninter, em parceria com o grupo educacional, e visa à capacitação e inclusão da pessoa com deficiência no mercado de trabalho.
O percurso dos colaboradores iniciou na 5ª Mostra Paraná de Teatro de Bonecos, que contou com patrocínio da Uninter. A turma visitou o espaço na Biblioteca Pública do Paraná, centro de Curitiba (PR), no dia 23 de janeiro de 2024. O evento foi organizado pela Associação Paranaense de Teatro de Bonecos (APRTB) e homenageou o mestre bonequeiro Manoel Kobachuk, também conhecido como “Doutor Botica”, que faleceu em julho de 2023.
Lá, conheceram a arte milenar de bonecos, com teatro de marionetes, formas animadas, fantoches e teatro de sombras, na exposição “Vem pra animação”. Depois, assistiram ao teatro de bonecos “No armário não cabe ninguém”, que contou com o patrocínio da Uninter. Com a história dos monstros Pi e Tatá, o espetáculo promove diálogos e reflexões sobre tolerância e a convivência com a diferença.
De acordo com a professora e arteterapeuta Claudia Rodrigues, “essas vivências contribuíram para desenvolver e ampliar o repertório criativo dos colaboradores e despertar emoções, incentivar o imaginário e a criatividade”.
Na semana seguinte, os colaboradores relataram a sensação ao vivenciar as experiências e o que mais chamou a atenção. Para a colaboradora Aline Jyumi Odam, de 28 anos, o mais interessante foi o narrador contar cada detalhe para que pessoas cegas ou de baixa visão pudessem entender a história. A colaboradora achou a experiência “incrível”. “Ter atividades fora da sala nos deixou bem animados, uma ótima oportunidade de conhecer o trabalho e principalmente as artes”, complementa.
Dessa forma, a turma conheceu os tipos de bonecos mais a fundo e cada um criou seu próprio fantoche com materiais recicláveis, meias, tecidos, papelão, lã, entre outros. Depois de descreverem as identidades, nomes, tipos, características físicas e psicológicas, sonhos e desafios, no dia 06 de fevereiro todos criaram histórias e apresentaram em um palco na sala de aula.
“A criação de bonecos na arteterapia tem propriedades terapêuticas, ativa o imaginário, a comunicação simbólica, transforma símbolos e imagens em formas tridimensionais, contribui para a ordenação espacial, composição e integração de elementos e segmentos, expressividade por meio de diversas linguagens plásticas, pintura, desenho e modelagem. Além de estimular o diálogo com o inconsciente e com os membros do grupo, valorizando a diversidade de opinião e de criação”, explica Claudia.
A pedagoga do IBGPEX, Pamella Toski, diz que momentos como esse tornam perceptível a evolução da turma. “Ao ficarem atentos em toda a apresentação, ao quererem falar para todos seus colegas o que mais chamou sua atenção no momento da construção de seus fantoches com características que se identificam. Na apresentação, separados por grupos criam uma narrativa com detalhes interessantes. Foi um momento lindo!”, salienta a profissional.
“Gostei bastante de criar um boneco e da experiência de atuar em frente aos colegas. Acho esse tipo de atividade de criação bem cooperativa e um desafio para muitos”, conclui Aline.
A arteterapeuta Claudia garante que os encontros de arteterapia são importantes para fortalecer os colaboradores em suas habilidades socioemocionais (soft skills), desenvolvendo com mais segurança ao criar e se expressar de modo original, relacionamento interpessoal, flexibilidade, inovação e ampliação de repertório. Proporcionam momentos de introspecção, atenção, alegria, criatividade e coletividade.
Autor: Nayara Rosolen - JornalistaEdição: Larissa Drabeski
Créditos do Fotógrafo: Pamella Toski (pedagoga do IBGPEX) e Claudia Rodrigues (arterapeuta)
Que lindo, as brincadeiras com fantoches permitem que a criança desenvolva a expressão oral e artística, pois os bonecos levam a criança sempre ao mundo da imaginação e do faz-de-conta. Já os alunos do ensino fundamental, usam o fantoche para expressarem seus pensamentos de uma forma mais livre. Estou muito feliz pelos nossos queridos alunos, parabéns.