Aprovar ou reprovar: teste sua consciência
Autor: (*) Marcos Aurélio Silva SoaresEstamos próximos do final do ano letivo e com o retorno das aulas presenciais, após quase dois anos de trabalhos remotos, em virtude da pandemia. Nesse contexto, o fechamento das médias escolares pode ser um desafio para professores e alunos.
Com base nos elementos descritos a seguir, analise se, realmente, você conhece seu aluno. Reflita qual é a melhor opção a ser adotada no processo de avaliação deste ano letivo, considerando os seguintes aspectos:
- Você realmente conhece seus estudantes.
- Você realmente conhece as condições a que está submetido o seu estudante em sua comunidade.
- Você avalia seu trabalho sistematicamente com base nos resultados dos seus estudantes.
- Você avalia seus estudantes em sala de aula de forma diagnóstica, cumulativa e processual, com diferentes instrumentos (cadernos, trabalhos individuais e em grupo, avaliação oral, provas escritas, entre outros).
- Você é corresponsável com o seu estudante e cobra insistentemente sua responsabilidade na realização das atividades, tarefas em sala de aula e fora dela.
- Você solicita realização de avaliações que seu estudante perdeu (não fez), pois ele não estava presente em sala e não toma a atitude simples e incorreta de atribuir zero a ele nesta atividade.
- Você realizou atividades de recuperação com os estudantes promovendo nova explanação do conteúdo, de forma diferenciada (nova metodologia).
Cada um desses tópicos é um passo a mais para diagnosticar o resultado tanto de estudantes, quanto de professores. Porém, se você falhou em um ou mais dos itens acima e o resultado do seu estudante foi o de reprovação, por um ponto ou menos, já é uma surpresa, pois deveria ter sido por muito mais. Neste caso, é uma obrigação sua modificar a forma de atuação e investir em sua qualificação profissional.
Sempre é tempo de mudança e investimento não só no desempenho dos alunos , mas também na sua formação continuada, que deve estar alinhada com os principais documentos da escola: proposta pedagógica, regimento escolar, diretrizes curriculares, mas fundamentalmente, no respeito ao ser humano em processo de formação. Aqui aproveito para realizar um agradecimento à grande maioria dos professores que se dedicam à sua profissão e colaboram efetivamente para a aprendizagem e sucesso de seus estudantes.
No entanto, se mesmo incorrendo nos erros elencados acima, entenda que não deva mudar sua forma de agir e pensar, reflito que seria importante uma mudança em sua vida profissional. Isso porque traria benefícios pessoais e, por consequência, aos seus estudantes e à sociedade. Afinal, você não é exatamente o modelo de professor (a) que os estudantes necessitam. Um bom professor deve ter como características principais a formação continuada, mudanças nas metodologias, avaliando seus estudantes e se autoavaliando em conformidade com a proposta pedagógica. Todo esse processo necessita estar embasado em elementos contextualizados na contemporaneidade.
(*) Marcos Aurélio Silva Soares é mestre em Educação e coordenador de Cursos de Pós-Graduação na área de Educação do Centro Universitário Internacional UNINTER
Autor: (*) Marcos Aurélio Silva SoaresCréditos do Fotógrafo: Pixabay
Ótimo conteúdo para o docente!
Minha experiência como docente foi durante 9 anos atuando em um centro de atendimento socioeducativo, como Pedagoga, onde tinha como função, entre várias atribuições outras, alfabetizar e letrar os jovens em defasagem de conteúdo x idade x série. O desafio extra consistiu em obter bons resultados junto aos adolescentes privados de liberdade, em um ambiente, muitas vezes, de conflito
e resistência, onde os alunos tinham pouco ou nenhum apreço pela escolarização.
Agora, cursando Matemática, pretendo atuar na EJA.