Ansiedade, a doença da pandemia

Autor: Milene Souza - Estagiária de Jornalismo

Stressed young woman in casual clothes sitting upset on sofa in front of laptop. Worried lady frustrated because of bad news in e-mail letter or message opened on computer screen, shocked of dismissal

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país mais ansioso do mundo, cenário que se agravou com a chegada da pandemia. As mudanças de rotina, o isolamento e o medo afetaram a saúde mental de grande parte da população.

Esse foi o assunto do programa Sua Saúde, exibido pela Rádio Uninter no dia 24.ago.2021. A live Ansiedade e pensamentos negativos contou com a participação da jornalista Bárbaro Carvalho, da professora do curso de Gerontologia Fabiana Prestes, e da administradora e professora Maria Solange, que foi a convidada especial do evento.

Solange começa contando como a pandemia afetou sua saúde mental. “Com a pandemia eu perdi o controle da minha vida e me vi muita ansiosa, eu chorava e não conseguia ligar a câmera para trabalhar. Sempre tive uma boa saúde emocional, mas a pandemia veio muito intensa pra mim e me ocasionou algumas crises”, conta.

Para Fabiana, é importante saber lidar com as situações de ansiedade. “É difícil quem não esteja ansioso nesse momento, uma hora a ansiedade vem, por isso é importante lidar de forma que ela não atrapalhe sua vida, se está atrapalhando é preciso procurar ajuda”.

Solange acredita que cada um lida de uma forma com os momentos difíceis e é preciso entender cada pessoa. “Tivemos que aprender a conviver com a família. As pessoas mais velhas são mais difíceis quebrar as crenças. O jovem você fala que ele pode fazer uma meditação, com os idosos é mais difícil. Temos que tentar entender a percepção deles e aprender a conviver”, comenta.

Outro ponto abordado na live são os motivos que levam as pessoas a terem crises de ansiedade. Para Fabiana, a ansiedade não vem do nada, pois sempre existe um processo que levou ela a desencadear a crise.

“Sempre tem algo que leva ela a pessoa a se comportar daquela maneira, como uma situação de grande estresse. Temos que aprender a criar novos caminhos e opções. O cérebro não vai diferenciar o que é real ou imaginação e então ele vai reconhecer que o corpo não está bem e vai querer te tirar daquela situação, o que chamamos de reação de fuga, quando o cérebro registra uma ameaça. Por isso dá falta de ar e palpitações, porque o corpo libera cortisol e adrenalina”, explica Fabiana.

Outra dica importante para diminuir a ansiedade é cuidar dos pensamentos, praticar o autoconhecimento e buscar entender o que está acontecendo. “É muito importante entender que não precisamos ser fortes o tempo todo e que precisamos de ajuda”.

Fabiana explica que existem vários tipos de pessoas, e por isso temos que cuidar com o que falamos pois as palavras podem mexer com as emoções, já que cada pessoa recebe de uma forma. “Pessoas cinestésicas valorizam o toque, precisam abraçar, tocar. Já as pessoas auditivas gostam de falar mais e gostam de serem ouvidas. Sentem uma necessidade da fala. Pessoas visuais são as que valorizam as imagens e os detalhes. Por isso é preciso entender com qual tipo de pessoa você está falando e compreender cada um”.

Para concluir, a professora explica a necessidade de cuidar da ansiedade e dos pensamentos. “A ansiedade não é frescura e se manifesta em doenças físicas, pois o corpo sente todas as emoções. Se for necessário, peça ajuda”, conclui.

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Autor: Milene Souza - Estagiária de Jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Pixabay


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