Alunos elegeram Maiara a “professora inclusiva”. E ela ganhou prêmio por isso
Visual, auditiva, motora, mental ou intelectual. Estima-se que no mundo existam mais de 1 bilhão de pessoas que vivem com alguma limitação. No Brasil, segundo o último Censo Demográfico de 2010, são mais de 45,6 milhões de pessoas com alguma deficiência que, ao longo do tempo, vêm conquistando direitos e fazendo parte da sociedade de maneira mais efetiva. Para tanto, a educação é uma etapa fundamental para que essa parcela da população conquiste mais espaços.
Porém, a grande dificuldade da educação inclusiva é, do ensino básico ao superior, a falta de preparo dos professores para lidar com esses alunos. “Os professores não foram capacitados nos cursos de licenciatura e magistério de forma efetiva para trabalhar com pessoas com deficiência”, avalia Leomar Marchesini, coordenadora do Serviço de Inclusão e Atendimento a Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais da Uninter, o Sianee. Para estimular os professores e professoras da casa, o Sianee entrega uma vez por semestre o prêmio Professor Inclusivo.
A professora Maiara Regina Kososki, do curso de Administração, foi eleita a professora inclusiva do segundo semestre de 2018. Ela recebeu o certificado das mãos do reitor da Uninter, Benhur Gaio, em cerimônia realizada nesta sexta-feira (21) na Reitoria da instituição, no campus Divina, em Curitiba. A premiação foi prestigiada por toda a equipe do Sianee. A professora foi eleita pelos estudantes com deficiência, que atribuíram notas de 0 a 10 aos professores.
“Eu leciono há 6 anos e até agora esse foi o momento mais especial da minha carreira acadêmica”, disse Maiara, que logo completará um ano de casa. Para ela, a consciência de que pode ajudar no dia a dia dos estudantes com deficiência é recompensadora. Ela também avalia a instituição, “é incrível a forma como existe inclusão aqui em todos os aspectos”.
Maiara diz que conversou com colaboradores do Sianee para compreender como poderia atender seus alunos com necessidades especiais, e então montava as aulas pensando primeiro nos estudantes com deficiência, e em segundo lugar no restante da turma. “Eu sempre fui muito próxima e eu tentava o tempo todo incluir eles em todo o sistema. Utilizando ao máximo ferramentas para eles não se sentirem por fora das aulas.”
No 3 de dezembro, Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, a prefeitura de Curitiba fez a entrega do Prêmio Viva Inclusão. A Uninter recebeu dois prêmios, ambos na categoria destaque, e um deles foi pelo programa Professor Inclusivo.
Autor: Letícia Costa – Estagiária de JornalismoEdição: Mauri König / Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Maicon Sutil