FORMAÇÃO SUPERIOR

Alunas superam falta de audição com apoio e determinação

Todos os anos, milhares de jovens procuram uma instituição de ensino superior para dar início à etapa de formação profissional que vai lhes garantir oportunidades no mercado de trabalho. Além da tensão diante da escolha do curso, é preciso enfrentar o processo seletivo e se preparar para uma longa jornada que exigirá investimento de tempo e recursos financeiros. No caso das pessoas com alguma deficiência física, as barreiras podem ser ainda maiores, pois haverá dificuldade na própria interação do aluno com professores, colegas e materiais do curso.

Duas alunas da Uninter mostraram recentemente que com dedicação e apoio é possível superar esse desafio. Dara de Oliveira, aluna na modalidade presencial de Pedagogia, foi a primeira pessoa surda a defender seu trabalho de conclusão de curso em libras. Já Rafaela Piekarski Hoebel Lopes dos Santos foi a primeira pessoa surda aprovada no Mestrado em Educação e Novas Tecnologias da Uninter. Ambas são provas vivas de que é possível para uma pessoa com deficiência buscar a formação acadêmica.

Na Uninter existe o Serviço de Inclusão e Atendimento aos Alunos com Necessidades Educacionais Especiais (SIANEE), que oferece intérpretes no caso das pessoas surdas, assim como suporte para o bem-estar destes alunos. “Minha relação com o Sianee sempre foi muito boa, os intérpretes sempre estavam dispostos a ajudar. Até quem não era intérprete sabia ao menos o básico para se comunicar”, explica Dara.

Rafaela também se mostra agradecida com a equipe e sua coordenadora, Leomar Marchesini. “Só tenho uma palavra para o Sianee: gratidão. Com certeza não estaria aqui para contar minha trajetória se não fosse isso. A professora Leomar também é incansável na luta pelos direitos das pessoas surdas”, diz.

Além do apoio do Sianee, a dedicação e a perseverança foram fundamentais para o sucesso das duas alunas.  “Acordar com a notícia de que eu tinha sido aprovada no mestrado da Uninter foi a melhor notícia de todas. Isso mostra que nós surdos e surdas podemos conquistar espaços acadêmicos. É uma responsabilidade grande que assumo agora, de ser a primeira surda aprovada no Mestrado em Educação e Novas Tecnologias da Uninter. Outros da comunidade surda também virão depois de mim”, diz a mestranda.

Incorporar HTML não disponível.
Autor: Igor Ceccatto – Estagiário de Jornalismo
Edição: Mauri König / Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Igor Ceccatto – Estagiário de Jornalismo

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *