Alienação parental e suas consequências na infância
Autor: Ana Oliveira - Estagiária de JornalismoA alienação parental é uma triste realidade que pode ser observada em muitas famílias brasileiras. Privar os filhos de uma convivência saudável com seus genitores causa diversos danos ao desenvolvimento das crianças.
A separação dos pais gera insegurança nos filhos, criando ansiedade quanto ao que virá pela frente. Alguns casais separados mantêm uma convivência harmoniosa pelo bem das crianças, evitando situações de conflito e desrespeito. Entretanto, é comum que numa separação uma das partes não aceite a situação, procurando depositar seu ódio e rancor na criança, difamando, construindo uma imagem negativa do outro genitor, causando afastamento, medo e desrespeito entre os envolvidos.
Os laços familiares, seja com os pais, tutores, avós ou titulares da guarda, são considerados direito fundamental das crianças e dos adolescentes. Em vista disso, atuar voluntariamente para afastar os filhos de seus genitores é negar a garantia de um crescimento saudável.
Um estudo publicado no Caderno da Escola Superior de Gestão Pública, intitulado “Alienação Parental: sob a ótica de seus reflexos na convivência familiar e no melhor interesse do menor”, aborda este conceito e investiga como ocorre a alienação no período pós-separação, traçando uma análise do direito à convivência familiar, segundo a visão doutrinária, ligada à perspectiva do melhor interesse do menor. As autoras, Andressa Salamacha e Adriana Martins Silva, destacam tópicos importantes, como: os interesses do menor, o poder familiar, considerações sobre a guarda, a lei sobre alienação parental e a síndrome da alienação parental.
As atitudes alienantes, normalmente, começam aos poucos. Por exemplo, quando a mãe não deixa que o filho fale com o pai, dificulta as visitas, criando obstáculos desnecessários, provocando o afastamento e o bom convívio normal e saudável entre o pai e filho.
Ao longo do tempo, o impacto emocional destas atitudes se acumula e traz sérios prejuízos à saúde da criança. Silva (2011), citada pelas autoras, comenta que “[…] nunca esqueçam: eu sou criança de vocês dois. […]. Não me perguntem se eu gosto mais de um ou de outro. […]. Não me contem coisas que ainda não posso entender […]”.
As autoras reforçam em sua conclusão que, ainda que o relacionamento entre os pais não seja agradável, é extremamente importante que ambos mantenham um convívio saudável com os filhos. A presença dos pais para formação da criança e do adolescente é fundamental para sua saúde mental e psicológica. Para isso, a legislação brasileira oferece recursos para que se evite o processo danoso da alienação parental.
Autor: Ana Oliveira - Estagiária de JornalismoEdição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
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