Além de causar dores crônicas, fibromialgia desafia saúde mental

Autor: Pedro Henrique Milano Calandreli - estagiário de jornalismo

A fibromialgia é um tipo de síndrome que se caracteriza por causar uma dor generalizada, especialmente na musculatura. Além de uma dor crônica que pode se estender por dias ou meses, ela também pode desencadear no paciente sintomas de cansaço, insônia, aumento da irritabilidade e sensibilidade ao toque físico, perda de atenção e depressão.

Segundo dados levantados pela Sociedade Brasileira de Reumatologia, a síndrome costuma se manifestar com maior frequência entre mulheres, especialmente na faixa dos 30 a 60 anos. Entretanto, também já foram registrados casos em que a fibromialgia foi diagnosticada em homens, crianças, adolescentes e idosos. Tendo suas causas desconhecidas, a síndrome se manifesta entre 5% e 12% da sociedade brasileira, de acordo com o mesmo levantamento.

Existe muita incerteza e dúvidas por parte das pessoas quando envolve o assunto, os sintomas, o diagnóstico e o tratamento adequado para que sofre com fibromialgia. Pensando nisso, no programa Saúde em Foco, os professores Fernanda Cercal e Elgison Luz da Escola Superior de Saúde Única da Uninter foram convidados para explicarem e esclarecerem detalhes desta síndrome.

“A dor generalizada é uma dor presente no corpo como um todo, da cintura para cima, da cintura para baixo e dos lados direito e esquerdo do corpo”, destaca a professora Fernanda. “Hoje o profissional mais bem qualificado para diagnosticar a fibromialgia é o reumatologista, já que este mesmo médico é quem vai fazer a solicitação de exames para descartar outras possibilidades e diagnosticar de maneira apropriada.”

Já o professor Elgison, detalha mais sobre o tratamento da síndrome: “Uma vez que a pessoa é diagnosticada com fibromialgia, é interessante que ela inicie o tratamento com as medicações indicadas pelo médico. O acompanhamento é muito importante, já que remédios que funcionam com certas pessoas, podem não funcionar com outras. O mesmo vale para o tratamento fisioterapêutico que será específico para cada caso”.

Além dos cuidados físicos, a professora ainda destaca os cuidados emocionais que pacientes que sofrem com fibromialgia devem ter: “Temos relatos de pessoas que ficam o dia inteiro na cama, que não conseguem se levantar para fazer tarefas do cotidiano. A dor e a fadiga são os principais sintomas que afetam a funcionalidade desses pacientes. É aí que vem a depressão e toda a questão emocional da fibromialgia.”

“Hoje a gente sabe que qualquer tipo de dor crônica vai afetar o emocional do indivíduo. Afeta toda a questão da funcionalidade, da sociabilidade e humor”, acrescenta ainda.

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Autor: Pedro Henrique Milano Calandreli - estagiário de jornalismo
Edição: Larissa Drabeski
Créditos do Fotógrafo: Pixabay


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