Água tratada está distante de 33 milhões de brasileiros
Autor: Leonardo Tulio Rodrigues - estagiário de jornalismo
Hoje, falar de desenvolvimento é falar de sustentabilidade. Muito além do crescimento econômico, o progresso deve estar atrelado à qualidade de vida da população.
Nesse sentido, a pauta ambiental ganha destaque. Aspectos como a qualidade da água à qual temos acesso estão entre os pontos indispensáveis para um desenvolvimento sustentável.
“A proteção dos ecossistemas aquáticos é de fundamental importância para a qualidade de vida das populações humanas”, afirma o mestre em Governança e Sustentabilidade André Pelanda.
Ainda que a água seja um recurso abundante no planeta, já que reveste cerca de 70% da Terra, o seu uso muitas vezes fica inviabilizado pela contaminação que atinge lençóis freáticos, lagos, rios, mares e oceanos.
“Os desafios que enfrentamos hoje acontecem em razão da nossa gestão de recursos hídricos, que não se preocupa com questões com a poluição,”, explica o coordenador do Curso Superior Tecnológico em Saneamento Ambiental da Uninter, Augusto Lima da Silveira.
Augusto destaca os diversos desafios que ainda temos para permitirmos o acesso pleno da população brasileira à água de qualidade e ao saneamento básico, como evidencia o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS).
O levantamento mais recente, de 2020, mostra que 33,1 milhões de pessoas não têm acesso à água tratada e 94 milhões não possuem acesso à coleta e tratamento de esgoto.
Em relação às regiões do país, o Norte é a que registra a menor porcentagem, com apenas 13,1% da população com acesso à rede de coleta de esgoto.
O Nordeste alcança o percentual de acesso de 30,3% da população. No Sul, o esgoto tratado chega à quase metade dos habitantes, cerca de 47,4%. A lista é fechada pelas regiões Centro-Oeste Sudeste, que apresentam, respectivamente, 59,5% e 80,5% de cobertura.
“Sem o acesso a água de qualidade, consequentemente teremos uma série de doenças espalhadas na sociedade. Evitar a ocorrência dessas doenças é trazer economia para o Sistema Único de Saúde”, diz André Pelanda.
O assunto é destacado no ODS-6, um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável estabelecidos pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 2015. Até 2030, o desejo internacional é alcançar o acesso universal e equitativo à água potável e segura para todos.
A preservação dos ecossistemas aquáticos foi tema do programa Saúde em Foco, exibido pela Rádio Uninter em 8 de novembro. Apresentado pela jornalista Barbara Carvalho, o programa recebeu os professores da Uninter André Pelanda e Augusto lima da Silveira.
Assista ao programa Saúde em Foco pelo canal de Youtube da Rádio Uninter.
Autor: Leonardo Tulio Rodrigues - estagiário de jornalismoEdição: Larissa Drabeski
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