Abraji reúne mais de 600 para discutir jornalismo de qualidade
O 12º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo reuniu mais de 600 jornalistas e estudantes de Jornalismo entre os dias 29 de junho e 1º de julho em São Paulo para discutir a profissão e compartilhar boas experiências. A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) registrou 623 inscritos, 150 palestrantes, 60 moderadores e mais de cem jornalistas de veículos de comunicação circulando nas salas para cobrir o evento, realizado na Universidade Anhembi Morumbi.
O congresso trouxe profissionais de renome internacional, pesquisadores e especialistas com o objetivo de mostrar os bastidores das reportagens e ensinar o fazer jornalístico aos calouros e aprimorar conhecimentos dos veteranos. O jornalismo de dados foi outro eixo para quem pretende entender de infografia, cartografia e programação, cobertura de crises humanitárias, além de ensinar jornalistas a empreender.
Segundo o secretário-executivo da Abraji, Guilherme Alpendre, neste ano 62% dos inscritos eram jornalistas profissionais. “Isso mostra que estamos vencendo o preconceito de que jornalista não procura congresso. Em qualquer profissão as pessoas vão para congresso aprender e se atualizar. Jornalistas não costumam fazer isso. Estamos há 12 anos tentando vencer essa barreira”, diz.
As atrações do congresso estavam imperdíveis, com destaque para a participação do procurador geral da República, Rodrigo Janot, entrevistado pela jornalista da Globo News Renata Lo Prete. O editor-chefe do Washington Post, Martin Baron, veio ao Brasil para debater democracia, jornalismo e inovação.
A programação incluiu dezenas de painéis, palestras e oficinas. No painel “Mostre e Conte; 1 reportagem, 10 minutos”, a estudante de Jornalismo da Uninter Denise Becker apresentou o documentário “Jornalistas na Operação Lava Jato”, que custou quatro meses de produção e mostrou o trabalho de alguns dos jornalistas que atuam na cobertura deste assunto. A comissão avaliadora da Abraji selecionou nove dos 72 trabalhos submetidos à seleção para posterior apresentação no congresso.
“Temos nos esforçado para manter a qualidade do evento, sem alterar o valor do ingresso, que desde 2012 não foi alterado. Entendemos que nossa categoria passa por um momento de dificuldade e precisamos de patrocínios de empresas privadas para trazer palestrantes de todo o mundo, comprar toda essa estrutura que a gente monta aqui e entregar um material bem bacana para quem participa, como bloquinho, caneta e sacola” diz Alpendre.
Edição: Mauri König