OPINIÃO

A universalidade do feminino é maior do que qualquer parcialidade

Denize Carneiro Campos*

O Dia Internacional da Mulher foi oficializado pela ONU em 1975, e veio a consolidar uma homenagem mundial à figura feminina. Na sua origem, o Dia da Mulher foi marcado por reivindicações de natureza ideológica, ligadas ao mundo do trabalho, à exigências de igualdade salarial e laboral com os homens, bem como de libertação sexual. Entretanto, alcança hoje a universalidade e está consagrado acima e além de qualquer panorama político, ideológico, trabalhista, sexual ou outro qualquer.

Isso se deve ao fato simples de que a palavra mulher congrega em suas duas sílabas a força e o símbolo do ser que ela nomeia. A mulher continua querendo, reivindicando e exigindo tudo que as décadas já mostraram, com a mesma força e igual persistência. Contudo, é muito importante salientar que a universalidade do ser feminino é maior do que qualquer parcialidade trabalhista, feminista ou antissexista que se queira a ela atribuir.

Mesmo quando esteve ou está injustamente oprimida, a mulher nunca se intimidou nem intimida. Coragem é a marca da sua identidade, capacidade de luta, mas também de sonho, de esperança. O sal do suor sempre lhe foi amigo, porque a mulher é forte, é muito forte e abraça tarefas, projetos e desafios como só ela sabe fazer.

Uma feliz convergência de força e suavidade compõe os tons de suas palavras.

A poesia, que é feminina em essência, tinge o mundo de beleza única. A persistência, outra colega sua, também exala o perfume marcante da conquista e da vitória.

Diferente do muito que já foi dito e de acordo com o que muito já se reconhece, a mulher confere ao mundo o equilíbrio da dureza do soldado (se necessário) e da sutileza floral (sempre subjacente a tudo que é dela). Se desafiada, ninguém mais audaz nem mais dedicada. Se confrontada, ninguém mais concentrada nem mais aplicada, até implacável. Se amada, ninguém mais suave nem mais sensível, mais doce nem mais musical, nem mais artística, nem mais sutil, nem mais feliz por ser quem é.

Que esse Dia da Mulher de 2018 consagre a conquista mundial dos direitos, das igualdades e da justiça, frente ao ser que sabe, por natureza, tanto lutar quanto amar, tanto ser mãe, educadora e companheira quanto guerreira em nome do bem.

O mundo a homenageia nesse dia. Assim seja sempre que outro dia vier, simples e justamente por ser o Dia da Mulher!

* Denize Carneiro Campos é pró-reitora de Graduação e Assuntos Institucionais da Uninter.

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