A prevenção e o tratamento dos acidentes vasculares cerebrais

Autor: Maurício Geronasso - Estagiário de Jornalismo

Uma das principais causas de mortalidade no mundo são as doenças cerebrovasculares, conhecidas por diversas nomenclaturas, como derrame, isquemia, trombose, AVC (acidente vascular cerebral) e, mais recentemente, AVE (acidente vascular encefálico).

As diversas nomenclaturas para este problema de saúde podem causar estranheza e até mesmo confusão. A professora Fabiana Prestes explica: “Por que tantos nomes e agora o surgimento do AVE? Simplesmente porque para alguns profissionais é considerado que esse problema pode acontecer em todo encéfalo, que seria cérebro, tronco encefálico e cerebelo, e não somente dentro do cérebro, que é um hemisfério localizado dentro do encéfalo, por isso a mudança de termo, de AVC para AVE”. Em termos simples, seria a ruptura de um vaso devido a uma pressão craniana alta, decorrente de outros fatores em nosso corpo, provocando assim o derrame e ou a hemorragia.

“É uma síndrome neurológica de início súbito, que persiste por mais de 24 horas, bloqueando a circulação sanguínea, obstruindo parcialmente ou totalmente, causada pelo depósito de placas de gordura, ateromas ou trombo de um coágulo que se forma em nosso corpo”, comenta a professora Maria Caroline Waldrigues.

Tradicionalmente, existem duas classificações diferentes para os eventos denominados AVC:

Acidente vascular cerebral isquêmico – é considerado o mais comum, atingindo cerca de 85% dos pacientes acometidos. Ocorre quando o vaso sanguíneo é bloqueado por um coágulo de sangue ou por placa de gordura formada ao longo da parede dos vasos.

Acidente vascular cerebral hemorrágico – considerado de menor incidência, acometendo apenas 15% dos pacientes, mas sendo o que ocasiona maiores taxas de óbitos e sequelas. Acontece devido ao rompimento do vaso sanguíneo, havendo o que é conhecido como uma hemorragia na área do cérebro.

Waldrigues lembra que em 2010 o AVC acometeu 33 milhões de pessoas no mundo e, destas, 16 milhões tiveram o primeiro episódio, sendo que cerca de 30% possuíam idade abaixo de 65 anos. O que nos aponta que as ocorrências não ocorrem apenas em pessoas mais velhas, sendo todos suscetíveis a esse problema. Entre os fatores que tornam alguém suscetível estão as doenças que já estão presentes no corpo do paciente, como diabetes e hipertensão, e fatores de estilo de vida, como má alimentação e sedentarismo. “O acometimento do AVC em pacientes jovens costuma ser um evento bastante lesivo, culmina inclusive em óbito”, destaca Waldrigues.

Em nível nacional, foram identificados mais de 936 mil casos de internações por AVE entre os anos de 2014 a 2018, com taxa de fatalidade de 18.5% até trinta dias após a ocorrência, e de 30.9% após 12 meses. Estes dados são de extrema importância para que a gerontologia e a enfermagem estudem formas de melhor atender e prestar apoio a esses pacientes.

Saber identificar os sintomas de uma pessoa que está sofrendo um acidente vascular é fundamental para o pronto atendimento, recuperação do paciente e consequente redução de sequelas. Prestes lembra que “os principais sintomas são a perda súbita de força, formigamento em regiões do corpo, dificuldade de fala e entendimento, podendo ocorrer perda visual, tontura e desequilíbrio, bem como dores de cabeça muito fortes”.

Falar sobre essas doenças e as formas de preveni-las é fundamental para promover o cuidado preventivo. As professoras Fabiana Prestes e Maria Carolina Waldrigues foram as convidadas do programa Sua Saúde, transmitido em 13.jul.201 pela Rádio Uninter, no qual conversaram sobre os cuidados da Gerontologia e da Enfermagem em casos de acidentes vasculares encefálicos.

Você pode assistir ao programa completo por meio da página do Facebook e do canal do YouTube da Rádio Uninter.

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Autor: Maurício Geronasso - Estagiário de Jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Pexels


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