A potência do hip hop
Autor: Natália Schutz Jucoski - estagiária de jornalismoO hip-hop nasceu nos anos 1960 na Jamaica. Quando chegou nas periferias de Nova York, nos Estados Unidos, na década de 70 o ritmo se tornou popular. No Brasil levou mais tempo para o estilo se popularizar, já que não foi muito bem recebido pela sociedade. Foi colocado na margem, mas com o passar tempo, se fortaleceu. Até hoje existem grandes nomes de referência na cena nacional, como por exemplo Thaíde, Planet Hemp e Racionais.
Mais um Papo Castiço foi ao ar. Intitulado “Entrevero de rimas: o rap no Paraná”, a apresentadora Sandy Lylia da Silva conversou com o fundador da Associação de Rimadores, Samuka BP. Dentre os principais pilares da associação estão a inclusão e ações solidárias. Desde 2018, arte, música, artes marciais são algumas das oportunidades oferecidas. Com o objetivo de fortalecer a cultura de rua de Curitiba e de outros municípios do estado do Paraná, Samuka quis criar oportunidades. “A Associação nasceu da seguinte proposta. Eu tô no rap desde os 16 anos […] Lá atrás eu via que a gente não via oportunidade, e não tinha oportunidade porque o rap era malvisto, principalmente nessa Curitiba”, explica. Essa é a única associação de rappers de Curitiba que está devidamente documentada.
Criar oportunidade para quem está começando é fundamental, sobretudo para crianças e jovens da periferia, já que a música é uma das ferramentas para afastá-los da vida do crime. Com o intuito é o de inspirar e ser um exemplo para os mais novos, Samuka ressalta que existe hoje uma falta de recursos para a comunidade, essa foi uma das motivações para que iniciasse uma parceria com a prefeitura curitibana. Ele ressalta que a Associação vem para apoiar todo o movimento que faz acontecer, é muito mais do que a música, é uma colaboração cultural capaz de mudar a cena e de não conectar o rap com drogas e violência.
A rima não é só no rap, é a música em si, por isso “rimadores” está no nome da organização, para que vários gêneros se encaixem. É por esse caminho que Samuka BP fortalece as narrativas afro-curitibanas, tendo como objetivo ensinar música, cultura e principalmente a igualdade racial.
O Papo Castiço vai ao ar toda quarta-feira às 10h pela Rádio Uninter. Este episódio na íntegra pode ser conferido clicando aqui.
Autor: Natália Schutz Jucoski - estagiária de jornalismoEdição: Larissa Drabeski