A ponte entre adotados e adotantes
O Brasil tem hoje mais de oito mil crianças e adolescentes na fila de adoção. A dificuldade em encontrar pais adotivos para essas crianças muitas vezes está associada ao perfil que os casais colocam na ficha dos critérios de escolha, no momento em que se cadastram como pais adotivos. Além disso, o processo tem trâmites burocráticos complexos, que exigem conhecimento de legislação específica.
Alunos do curso de Serviço Social da Uninter assistiram a uma palestra transmitida por videoconferência pela EMAP – Escola de Magistratura do Paraná. O evento foi realizado no início de outubro no Polo Carlos Gomes da Uninter, em Curitiba. Tratava-se de conteúdo do terceiro dia de curso de preparação para pais adotivos.
O coordenador do curso de Serviço Social, Dorival da Costa, diz que o propósito da atividade foi fazer com que os futuros assistentes sociais desenvolvam as habilidades necessárias para realizar o acompanhamento do processo de adoção. “A palestra teve o intuito de instruir melhor os nossos alunos a fazerem de forma correta o encaminhamento do casal, na hora de orientar e passar as informações, para que eles estejam aptos à adoção”, diz.
Para se candidatar à adoção, os interessados devem atender a alguns pré-requisitos, que se aplicam a pessoas solteiras ou casadas, inclusive os homossexuais. A Lei Federal nº 12.010/2009 prevê a adoção legal a todos os brasileiros, desde que os interessados atendam aos critérios abaixo:
– Não ter grau de parentesco com a criança a ser adotada;
– Ter mais de 18 anos de idade, independente do estado civil;
– Se for casal, devem ser casados civilmente ou manter uma união estável comprovada;
– Ser ao menos 16 anos mais velho do que o adotante.