A política externa chinesa e sua trajetória histórica

Autor: Igor Ceccatto - Estagiário de Jornalismo

Atualmente, o mundo assiste ao embate entre duas potências, uma do Ocidente e outro do Oriente: EUA x China. Não por acaso, estes são os dois países que mais compram os produtos brasileiros. A ascensão chinesa é o fato dominante no cenário mundial após a queda do comunismo no leste europeu, nos anos 1990. O país asiático tem hoje o 2º maior PIB global, e pode ultrapassar os Estados Unidos até a metade do século.

Apesar de sua cultura milenar, foi nas últimas três décadas que a China passou a ocupar papel de protagonismo no cenário internacional, graças ao seu crescimento econômico acelerado. Para falar sobre essa grande transformação do país, o curso de Relações Internacionais (RI) da Uninter  promoveu no último dia 24.08.2020 a live intitulada Política externa chinesa, transmitida em sua página do Facebook e no canal do Youtube da Escola Superior de Gestão Pública, Política, Jurídica e Segurança da instituição.

O evento, mediado pelo professor André Frota, recebeu a convidada especial Bruna Barcellos, mestre em Políticas Públicas pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e estudiosa de relações internacionais.

Bruna iniciou sua fala com uma contextualização histórica da “virada chinesa”. Até a década de 1970, o país vivia uma perseguição ideológica a ideias capitalistas, época em que Mao Tsé-tung era líder do governo comunista chinês. A transição econômica de um país agrário e pobre para uma potência industrial começou com a expansão das estatais chinesas, e ganhou novo impulso após a morte de Mao, em 1976. A partir de então, a China se aproximou do Ocidente em busca do crescimento econômico, aumentando cada vez mais sua participação nas cadeias internacionais de produção e comércio.

Em 2013, um novo governo assume, e com ele ocorre uma nova virada: “Xi Jinping assumia como presidente da república popular da China e trazia consigo um novo ideal, com um embate sobre abrir o país ou não na política externa, até então dualista e estatal. Dali para frente foram muitas reformas, tanto econômicas quanto sociais, caminhando para ideais mais liberais quanto à relação do país com o mercado internacional”, explica Bruna.

Desde então, com seu maior desenvolvimento e abertura econômica, o país vem caminhando em direção ao aumento da participação do setor privado na economia, focando no multilateralismo e na colaboração com o resto do mundo. Essa abertura se reflete inclusive numa participação mais ativa na discussão de temas da agenda global, como a questão do clima e dos direitos humanos. Em seu ritmo gradual, a China segue caminhando firme para se consolidar como a grande potência do século XXI.

Para conferir o conteúdo na íntegra, acesse o Youtube ou o Facebook.

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Autor: Igor Ceccatto - Estagiário de Jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Pixabay


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