A participação do jovem traz esperança de renovação na política
Autor: Igor Ceccatto - Estagiário de JornalismoA pandemia afetou o processo político e as eleições municipais no Brasil. Apesar das dificuldades em relação à circulação social, o Tribunal Superior Eleitoral decidiu manter a realização de eleições neste ano, e os brasileiros irão às urnas em novembro.
Um dos grandes desafios das democracias na atualidade é atrair os jovens para a política. Para falar sobre isso, o curso de Ciência Política (CIPOL) da Uninter realizou a live Juventude, Participação e Partidos Políticos, com a presença do professor da Luiz Domingos e da convidada especial Amanda Machado, doutora em Ciência Política pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS) e estudiosa do tema.
A transmissão foi realizada simultaneamente no Facebook do curso e no canal do Youtube da Escola Superior de Gestão Pública, Política, Jurídica e Segurança da Uninter. Antes de abordar o tema da live, Amanda afirmou a importância de iniciativas como esta, que dão continuidade ao debate público, mesmo que virtualmente, com temas de interesse a nossa sociedade.
Amanda explica que sua relação com o tema surgiu ainda na sua graduação, quando começou a analisar os estudos sobre juventude na política, que naquele momento estavam sendo pautados na agenda das políticas públicas.
Sobre o cenário atual, a doutora comenta que há um suposto distanciamento entre os jovens e os partidos políticos. Se por um lado falta interesse na participação política por parte deles, por outro percebe-se a ausência de oportunidades e de incentivo à participação de novos agentes nas estruturas partidárias.
Essa dicotomia, no entanto, pode não ser de todo verdadeira, alerta a pesquisadora. “Isso também se explica pela falta de análises abrangentes na ciência política da juventude, que é uma importante transformação na renovação política de demandas da sociedade civil e de formação de novas lideranças para sobrevivência das organizações partidárias”, explica.
Em uma análise feita com partidos do estado do Rio Grande do Sul, realizada para sua trabalho de doutorado, Amanda encontrou indícios de que os jovens estão começando mais cedo na política, e que dentro dos partidos passam por processos formativos e chegam a ocupar cadeiras de dirigentes, tendo ambição de se candidatarem após conquistar certa experiência na área. Tais indícios apresentam uma perspectiva de renovação dos quadros políticos no país.
Confira o conteúdo da live na íntegra no Facebook ou no Youtube.
Autor: Igor Ceccatto - Estagiário de JornalismoEdição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Câmara dos Deputados