A inquieta mente artística de Rodrigo
Diagnosticado com esquizofrenia, Rodrigo Alves Silva, de 36 anos, usa o esporte e as artes plásticas para administrar a mente que está sempre a mil por hora. Aluno de licenciatura em Artes Visuais e vinculado ao polo de apoio presencial da Uninter em Macapá (AP), ele esbanja talento e proatividade. “Não gosto de ficar parado”, ele diz.
Rodrigo faz musculação na academia e treina Jiu Jitsu. Participar de eventos esportivos é algo que ele gosta muito. Mas o universitário não é só atleta. Na última edição do “Luau do Conhecimento” no polo de Macapá, Rodrigo mostrou que também é um artista de fino trato ao expor as suas telas. Algumas até foram vendidas.
Tudo começou em 2014. Fotos, retratos de revistas e paisagens ao ar livre inspiraram Rodrigo a começar a pintar. O estímulo e o talento ainda são os mesmos; o que mudou foi o conhecimento e a visibilidade que o curso trouxe para a sua arte. O coordenador do polo de Macapá, Pablo Richel Pauleirin, diz que Rodrigo é um aluno dedicado e sente uma admiração enorme pelo trabalho do estudante. “É um material muito rico”, avalia.
“A arte apareceu como uma forma de me comunicar com o mundo”, explica Rodrigo. Nunca ficar parado é o seu lema. Sempre praticando inúmeras atividades, ele gosta de pintar paisagens com tinta óleo e acrílica. A arte abstrata também o interessa. Sem falsa modéstia, o universitário fala de outra de suas características, visível na hora dos estudos. “Eu sou um excelente aluno”, garante.
Autor: Camila Toledo – Estagiária de JornalismoEdição: Mauri König
Créditos do Fotógrafo: Arquivo PAP Macapá