A importância da regulamentação do profissional de Ciência Política
Autor: Arthur Salles - Estagiário de JornalismoA regulamentação de uma profissão define critérios para que a atividade seja exercida. As competências e os conteúdos específicos que reconhecem os cursos universitários deveriam abrir margem para que a habilitação profissional também fosse reconhecida, mas não é isso o que acontece. A profissão de historiador, por exemplo, só passou a ser regulamentada por lei em agosto deste ano.
Especialistas defendem que a regulamentação é uma forma de garantir a legalidade da área e a valorização de seus profissionais. É comum notar na imprensa a presença de “especialistas políticos” formados em outras áreas que não a ciência política, mas sim em direito, economia, comunicação social e administração.
Além dessa interdisciplinaridade própria da política, a atuação do cientista político é diversa. Cabe a seu responsável o estudo do funcionamento da sociedade por meio da organização de forças políticas, também podendo contribuir na elaboração de novas formas para essa composição. Isso pode ser desenvolvido e aplicado em prefeituras, câmaras, partidos políticos e até mesmo na academia. O que falta é uma demarcação clara do que separa a atuação desse profissional da atividade de outros e oportunize uma carreira de trabalho específica.
“A gente sabe que existe um campo de trabalho e existe um profissional, o que a gente quer é dizer quem é”, diz Vítor Sandes, doutor em Ciência Política pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). O especialista foi convidado pelos cursos de Ciência Política e Relações Internacionais da Uninter para apresentar os dilemas que a área enfrenta diante do mercado de trabalho. A conversa foi transmitida pelo Facebook, no dia 17.09.2020, e mediada pelo professor Luiz Domingos Costa.
Sandes afirma que a regulamentação “não é nenhuma proposta exótica”. Países como Itália, México, Suíça e Austrália reconhecem legalmente a profissão. Nos Estados Unidos, onde a profissão foi inventada no século 19, também foi “fundada a primeira associação acadêmica e profissional, em 1903”, como explica um artigo assinado pelo professor em coautoria com mais cinco nomes para a revista Piauí.
Até mesmo a formação desses profissionais é escassa no Brasil. Hoje, somente 16 universidades públicas ou privadas oferecem o curso de graduação em Ciência Política, sendo uma delas a Uninter.
“Do que adianta um cientista político que não sabe como funciona a política? Ele tem que saber analisar e debater a política, projetos sociais, interesses públicos”, argumenta Sandes, em defesa da ampliação de uma grade curricular própria voltada à formação na área. Para conferir a apresentação na íntegra, clique aqui.
Autor: Arthur Salles - Estagiário de JornalismoEdição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Olá! Isto foi que eu encontrei com minhas pesquisa sobre a regulamentação da profissão de Ciência Política, e diante disto, gostaria de saber como está o andamentos desta regulamentação?
A regulamentação da profissão de Ciência Política é um processo complexo que envolve diversos atores e etapas. Vou destacar alguns pontos relevantes para considerar:
Mobilização e Conscientização:
É fundamental que os profissionais da área, associações acadêmicas, universidades e estudantes se mobilizem em prol da regulamentação.
Campanhas de conscientização podem ajudar a sensibilizar a sociedade sobre a importância da Ciência Política e a necessidade de regulamentação.
Elaboração de Projeto de Lei:
O primeiro passo é a elaboração de um projeto de lei específico para regulamentar a profissão.
Esse projeto deve definir as atribuições, competências, requisitos para o exercício da profissão e critérios para a formação acadêmica.
Discussão no Congresso Nacional:
O projeto de lei deve ser apresentado e discutido no Congresso Nacional.
É importante que parlamentares, especialmente aqueles ligados à área de educação e trabalho, compreendam a relevância da regulamentação.
Aprovação e Sanção:
Após debates e análises, o projeto de lei pode ser aprovado pelo Congresso.
Em seguida, ele deve ser sancionado pelo Presidente da República para se tornar lei.
Criação de Conselho Profissional:
A regulamentação geralmente envolve a criação de um Conselho Profissional específico para a área.
Esse conselho será responsável por fiscalizar o exercício da profissão, estabelecer normas éticas e garantir a qualidade dos serviços prestados.
Requisitos para o Exercício da Profissão:
O projeto de lei deve definir os requisitos mínimos para o exercício da profissão, como formação acadêmica (graduação, pós-graduação), estágio supervisionado e registro no conselho.
Valorização da Profissão:
A regulamentação contribui para a valorização dos profissionais de Ciência Política, reconhecendo sua expertise e importância para a sociedade.
Diálogo com a Sociedade:
É essencial envolver a sociedade civil, empresas, instituições públicas e privadas no processo de regulamentação.
Audiências públicas e debates podem enriquecer o projeto de lei e garantir que ele atenda às necessidades reais da área.
Lembrando que esse é um processo gradual e que requer esforços contínuos por parte de todos os interessados na profissão de Ciência Política. A regulamentação pode trazer benefícios significativos para a área e para a sociedade como um todo .