A diferença que faz a metodologia ativa da Uninter
Os métodos de aprendizagem passaram por mudanças nos últimos anos. Foi-se o tempo em que uma aula era considerada satisfatória pelo modelo em que somente o professor falava, em pé à frente da turma, e os alunos apenas ouviam. A mudança veio com a metodologia ativa, na qual o aluno é o maior responsável pelo seu processo de aprendizado.
Cada pessoa aprende e consegue assimilar a informação de uma forma. Alguns, aprendem melhor lendo, outros, explicando o conteúdo a alguém. Essa ideia de diferentes tipos de aprendizagem foi pesquisada pelo psiquiatra americano William Glasser (1925-2013), que resultou na teoria da pirâmide de Willian Glasser. Segundo o psiquiatra, 10% dos alunos aprendem lendo; 20% escrevendo; 50% observando e escutando; 70% discutindo com outras pessoas; 80% praticando e 95% ensinando.
As metodologias ativas foram implantadas na Uninter em 2015, remodelando a grade de todos os cursos. No curso de Administração, por exemplo, a primeira turma foi em fevereiro de 2015, e terá sua formação como a primeira do curso com 100% de metodologia ativa. Para os alunos, é perceptível a diferença quando esse método é aplicado, ajudando-o no seu desenvolvimento pessoal e profissional.
Matheus Bina é aluno do 7° período do curso de administração e, segundo ele, a metodologia ativa traz resultados mais satisfatórios. ” Me desenvolveu muito, eu não conseguia falar com os colegas na sala de aula, eu me virava contra as pessoas para não puxarem assunto comigo e eu ter que conversar… e a metodologia me trouxe um desenvolvimento nesta parte de comunicação, de perfil que o aluno tem que ter na hora de uma apresentação etc”, relata o aluno.
E não é só para os alunos que a diferença veio. Os professores, acostumados com o método tradicional, precisaram remodelar suas aulas para aplicar as metodologias ativas no aprendizado. “A gente usa a sala de aula invertida, que é a metodologia de fazer o aluno buscar o conhecimento, ele já estuda em casa e vem para tirarmos as dúvidas na sala de aula, a gente usa bastante estudo de caso, são várias metodologias que são aplicadas aos alunos para usar as metodologias ativas”, explica a professora Elaine Hobmeir, coordenadora adjunta do curso de Administração.
Auxiliar os professores a se remodelarem e continuarem aprendendo sobre essas novas formas de aprendizado despertou o interesse da coordenadora do curso de Administração, Vanessa Kotovicz, que defendeu sua tese de doutorado com o tema “Desenvolvimento e criação de uma nova prática de trabalho em uma instituição de ensino superior: um estudo da aprendizagem e da mudança sob a perspectiva da Teoria Social de Schatzki”, em agosto de 2016.
O intuito da tese foi justamente mostrar as adaptações sobre a mudança na prática de trabalho. De que maneira o professor teve de resignificar o seu papel na sala de aula. “A diferença do professor também é essa, ele tem de ter domínio da teoria, mas hoje ele tem de ter um domínio muito maior daquilo que ele está ministrando, até porque ele vai ver esse fazer de forma diferente”, relata Vanessa.
Autor: Barbara Carvalho – Estagiária de Jornalismo
Mauri König