50 anos do PNUMA: como proteger o meio ambiente?

Autor: Flávio Ducatti - Estagiário de Jornalismo

Quando falamos em meio ambiente, automaticamente lembramos de árvores, animais, rios etc. Cada pessoa pode, afinal, pensar em algo sobre o tema, mas temos um conceito geral de meio ambiente por meio da Política Nacional do Meio Ambiente. Tal conceito é uma lei que, no artigo terceiro, define o meio ambiente como conjunto de condições, leis, influências e interações de ordens física, química e biológica, que permite abrigar e reger a vida em todas as formas, além de nossa vivência.

Tudo isso contempla seres humanos, fauna, flora, água, solo, ar, espaço urbano, as construções feitas pelo homem e os elementos simbólicos em contradições de aspectos que compõem o ambiente. O conceito amplo de meio ambiente permite a abordagem dele sob diferentes perspectivas. “O meio ambiente, pra mim, é o local onde estou, onde consigo ter condições sustentáveis”, explica a professora dos cursos de pós-graduação na área ambiental Márcia Kravetz.

Um marco no debate sobre o meio ambiente vem de 1972, com o relatório científico intitulado Os Limites do Crescimento. A iniciativa resultou numa análise que demonstrava o modelo crescente de consumo geral e que poderia levar a humanidade a um colapso se o cenário não fosse revertido. A partir do relatório, houve algumas ações que movimentaram o debate, chegando à Conferência das Nações Unidas no dia 5 de junho de 1972 em Estocolmo, daí foi instituído o Dia Mundial do Meio Ambiente.

Na conferência de 1972, foram colocadas em xeque as questões do desenvolvimento econômico, do crescimento econômico e do consumo acelerado. A partir daí surge o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) que trabalha diretamente com essas questões e monitora as condições do meio ambiente.

O conceito de ecodesenvolvimento também surgiu nesse ano, futuramente denominado como desenvolvimento sustentável. Pode-se dizer que a conferência de 1972 foi o grande marco realizado pelos países em desenvolvimento para que esses países tivessem a iniciativa de ações que diminuíssem os impactos ambientais.

Desde então, a ONU tem discutido as questões do meio ambiente, ressaltando as questões das mudanças climáticas. Em mensagem na comemoração mundial do meio ambiente, o secretário-geral da ONU, António Guterres, destacou que os governos precisam priorizar ações para o clima e sustentabilidade e enumerou cinco recomendações que os governos devem realizar, mas que não impedem a participação do setor privado e a sociedade.

Ele propôs:

  1. Acelerar o uso de energias renováveis;
  2. Incluir a disponibilização igual de tecnologias e matérias-primas renováveis, querendo disponibilidade iguais dessas tecnologias;
  3. Redução da burocracia;
  4. Transferência de subsídios;
  5. Investimentos três vezes maior nesses itens.

Dentre os exemplos que os governos poderiam tomar, as políticas públicas podem estar envolvidas nas questões ambientais de qualidade de determinadas regiões, porque a saúde e a educação também fazem parte do meio ambiente. Muitas vezes a conscientização não abre os alhos, sendo necessário sensibilizar.

“É importante ressaltar que as coisas só mudam e melhoram com atitudes. Não adianta ficarmos aqui todos os dias falando sobre meio ambiente se não tivermos cada um de nós atitudes concretas para que isso mude e melhore”, ressalta a professora Cristiane Ripka.

Segundo Márcia, o papel do governo não é multar, mas sim fazer ações que trabalhem as questões ambientais nas escolas, com disciplinas englobem a educação ambiental, além de programas como o Marco do Saneamento.

O tema foi abordado no programa Diversos da Pós: Dia Mundial do Meio Ambiente, exibido no dia 10 de junho de 2022, disponível no canal do YouTube da Rádio Uninter.

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Autor: Flávio Ducatti - Estagiário de Jornalismo
Edição: Arthur Salles - Assistente de Comunicação Acadêmica
Créditos do Fotógrafo: Singkham/Pexels e reprodução YouTube


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