3º My Design Day amplia reconhecimento com três novas premiações

Autor: Nayara Rosolen - Analista de Comunicação

O My Design Day (MDD) 2024 aconteceu na noite de 13 de novembro, no auditório do Edifício Garcez, em Curitiba (PR), com transmissão ao vivo pelo Youtube. No intuito de prestigiar e mostrar a criatividade dos estudantes, a celebração reconheceu os melhores trabalhos do curso de Design de Animação da Uninter pelo terceiro ano consecutivo e também apresentou novidades.  

Nesta edição, integraram o evento três novas premiações: o Game Jam, do curso de Design de Games, o E-charrete, do curso de Arquitetura e Urbanismo, e o Conceitualize Design Awards, dos cursos de Design de Produto, Design de Moda, Design de Interiores e Design Gráfico. O diretor da Escola de Gestão, Comunicação e Negócios, Elton Schneider, recepcionou o público na abertura e deu início à solenidade.  

Este ano, os estudantes de Animação foram provocados a produzir um vídeo institucional para a Associação Beneficente Projeto Nova Terra, de Colombo (PR). Das 80 animações inscritas, 11 foram selecionadas e, por decisão da entidade, todas foram premiadas. Os trabalhos serão veiculados nas redes sociais para divulgação do projeto.   

“É uma parceria bacana, o aluno tem um cliente real, com um briefing real, com questões reais. Da mesma forma, está ajudando a sociedade, porque esse vídeo vai ajudar na divulgação da associação, captar recursos e voluntários. E a associação é beneficiada, porque vai ter mais visualizações em redes sociais. É um case para o nosso aluno, um portólio que vai poder colocar no currículo”, afirma a coordenadora, Cristiana Miranda. 

O Projeto Nova Terra atende cerca de 150 crianças e adolescentes de 4 a 17 anos de idade. Segundo o presidente, Adriano Ribas, eles se sentem “honrados e muito felizes”. Como uma ação de comunidade, o profissional diz que não há condição de investir em um vídeo institucional, por isso as produções dos estudantes “vieram como resposta de oração” e “vão ajudar muito”. 

“Para nós, que somos de comunidade, temos que escolher [se] fazemos um vídeo institucional ou compramos ‘mistura’ para dar de comida para as crianças. E nós escolhemos sempre dar a alimentação, porque criança de barriga vazia não consegue nem pensar direito. Então, esses vídeos vieram como resposta de oração, vamos poder trabalhar todos nas redes sociais e tenho certeza que vamos ter muito retorno”, garante Adriano.  

Destaques da inteligência artificial aos objetivos do desenvolvimento sustentável  

A dupla Mariana Silva e Valeska Boscato foram as campeãs do prêmio E-charrete, com o projeto ‘Abrigo em Módulos Flutuantes’. Ambas receberam certificados de honra ao mérito e horas de atividades complementares. Enquanto o estudante Guilherme Lago conquistou o 1º lugar no Conceitualize Design Awards, com o projeto ‘Tralha – Cadeira Portátil Reciclada’, e foi contemplado ainda com três mentorias de professores especialistas da área. 

O coordenador do curso de Arquitetura e Urbanismo, Norimar Ferraro, comenta o concurso de ideias do E-charrete, que desafiou os estudantes a pesquisarem a inteligência artificial (IA) para um projeto de abrigo emergencial. 

“A inteligência artificial veio para ficar e existem muitos questionamentos a respeito do uso, pelo estudante, dessa tecnologia. A ideia foi que assumíssemos isso como ferramenta de criação, para que os alunos pudessem dar um feedback depois, de como foi esse processo, como ele se sentiu, como as coisas aconteceram, quais foram as facilidades e dificuldades”, explica o docente. 

Já o Conceitualize Design Awards, foi inspirado no iF Design Awards, uma das maiores premiações de design do mundo. Os competidores “enviaram propostas nas quais tinham que resolver um determinado problema relacionado aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável [ODSs] das Nações Unidas. Observar questões de bom uso para o público, uso consciente de materiais e de matérias primas”, conta o coordenador do curso de Design Gráfico, Fabiano de Miranda.  

Com o tema Lendas Urbanas e Lendas do Folclore Brasileiro, as 13 equipes inscritas para o Game Jam tiveram 15 dias para desenvolver roteiro, pensar estratégias e criar histórias e personagens para a proposta de um jogo. De acordo com a coordenadora do curso de Design de Games, Eliza Timm, o principal objetivo é criar engajamento, para que os estudantes comecem a desenvolver e criar projetos. 

“A ideia é que eles continuem desenvolvendo essa proposta e, quem sabe, consigam lançar um novo jogo no mercado com essa temática, que é muito interessante, se pensarmos em termos de lendas, que é extremamente rico (…) Acho que foi um sucesso. No primeiro sempre temos aquele medo se os alunos vão participar, se vão gostar, e a surpresa foi muito grata, porque os alunos participaram e vieram com boas ideias, bons projetos”, conclui Eliza. 

Reconhecimento em dobro 

Wilson Fernandes, de 25 anos, é estudante de Games e Animação, vinculado ao polo Farias Brito da Uninter, em Fortaleza (CE). O jovem não apenas foi o grande vencedor do Game Jam, mas também criou um vídeo para o Projeto Nova Terra e foi um dos selecionados da premiação. O estudante diz que o desenvolvimento do jogo foi mais desafiador, “tudo muito novo”. Como já trabalhava na área de animação, o vídeo foi “um pouco mais fácil”, mas não deixou de ter um grande significado. 

“Como envolvia uma OSC [organização da sociedade civil] e família, pensei que não seria apenas pela minha nota e aprovação. Quis fazer uma coisa legal, estudei muito bem o briefing. As crianças que estão lá também vão assistir e eu queria que se sentissem tocadas. Quando meu nome foi chamado, por exemplo, dá uma emoção, e eu queria levar isso para as crianças. Por isso, para mim, foi muito importante fazer com cuidado e tentar atender os valores e missões da OSC”, declara Wilson.  

Já na competição do Game Jam, o estudante pôde colocar em prática muito do que também já havia estudado por hobby, o desenvolvimento web. “Foi um desafio que eu gostei de fazer. Gravei quase de madrugada aquele vídeo e foi muito bom. Aprendi e coloquei em prática muita coisa, como caracterizar roteiro, edição e fazer o código do jogo funcionar. Gostei e vou colocar para frente esse projeto”, finaliza.  

O coordenador Fabiano destaca que o MDD não só acrescenta para a formação dos estudantes, mas prova que a educação a distância (EAD) “é muito forte” e “pode trazer resultados maravilhosos” em qualquer área criativa. O docente garante que trabalham firme para “fazer a melhor formação possível”, o que reflete e pode ser visto no evento.  

“Exige bastante planejamento por parte dos professores, da coordenação, dos tutores e por parte do aluno. Ele é o principal ator desse processo, então, por mais que tenhamos excelentes professores, se os alunos não se dedicarem, não se empenharem, não estudarem, não fazem. Eles são realmente as grandes estrelas desse processo. É o que está mostrado nos vídeos, que é possível fazer quando têm essa dedicação necessária para um curso de Design de Animação”, acrescenta Cristiana. 

Wilson conta que, por ser uma área nova, a família não apoiava de início, por acreditar que não teria retorno financeiro. Por isso, o jovem ingressou no curso de Turismo no Instituto Federal do Ceará (IFCE). No meio da formação, descobriu a possibilidade de estudar Design de Animação e partiu para outra instituição. No entanto, apesar de não ter o conteúdo teórico, já possuía a parte técnica e percebia que muito do conteúdo era ultrapassado e a mensalidade alta. 

Ao pesquisar por outras instituições, encontrou a Uninter e recebeu recomendações. “Me agradou absolutamente tudo no começo”, afirma. Embora, no início, tivesse um “pé atrás” por ser tecnólogo, o estudante diz que vê que todos os professores e colaboradores fazem o melhor para agregar e se aperfeiçoar mais a cada ano. E é por isso que, quando veem que ele já atua na área e faz a graduação, perguntam se recomenda e ele diz que sim. 

“Recomendo, porque a Uninter desse ano está muito melhor do que a do ano passado e muito melhor do que a do ano retrasado. Tive sorte de cair logo no ano da primeira Game Jam e ainda ganhar. Ter um certificado de honra ao mérito mostra que a faculdade realmente presta atenção nesses detalhes e, para mim, é o mais importante”, declara Wilson.  

O estudante vê essas conquistas como um diferencial para a carreira profissional, já que mostra não só a qualidade do trabalho desenvolvido, mas também o quanto se importa e se dedica para essas causas. Confira a transmissão completa do evento. 

Projeto Nova Terra transforma crianças e adolescentes em cidadãos  

Há mais de 14 anos, em fevereiro de 2010, o casal Adriano e Andréia Ribas fundaram a Associação Beneficente Projeto Nova Terra, que recebe crianças e jovens de 4 a 17 anos de idade, no contraturno escolar. O espaço, localizado em Colombo, região metropolitana de Curitiba (PR), oferece diversas oficinas, como coral, dança, balé, musicalização, teatro, capoeira, higiene pessoal, customização, arrumação do lar e palestras de formação de adolescentes para o primeiro emprego.  

“Eu e minha esposa fomos convidados a participar de uma reunião e, quando chegamos, percebemos que eram só crianças, uma célula. Vimos que a necessidade dessas crianças não era só de alimentos. Em tempo de inverno, iam de regata e chinelo de dedos. Começamos a trabalhar na garagem da nossa casa, em um espaço de três metros quadrados, onde chegamos a atender 60 crianças. Quando não coube mais, demos um passo de fé e locamos o imóvel que estamos hoje”, conta Adriano.  

Apenas seis pessoas trabalham envolvidas no cuidado das 150 crianças. As oficinas realizadas durante todo o ano, resultam também na Cantata de Natal, que em 2023 reuniu mais de sete mil pessoas nos quatro dias de apresentação. Este ano, o evento acontece do dia 12 a 15 de dezembro, às 20h, na Rua Emenézio do Rosário Junior, número 350.  

Adriano também convida todos para conhecerem de perto o trabalho que a equipe realiza no local. Acompanhe e saiba como colaborar com a instituição, através dos perfis no Instagram e Facebook 

Incorporar HTML não disponível.
Autor: Nayara Rosolen - Analista de Comunicação
Edição: Larissa Drabeski
Créditos do Fotógrafo: Nayara Rosolen


Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *