350 espetáculos para todos: conheça mais do Festival de Curitiba

O Festival de Curitiba chega a sua 31ª edição entre os dias 27 de março e 9 de abril. Presente na capital paranaense desde 1992, o evento traz espetáculos de todo o Brasil e todo mundo. Mesmo sem apresentações presenciais entre 2020 e 2021 por causa da pandemia, estima-se que mais de três milhões de pessoas e cinco mil peças já tenham passado pelo festival e que hoje o festival empregue mais de 600 pessoas para que possa ser realizado.

Fabíula Passini, diretora do Festival de Curitiba, conta que sente saudades da vida de atriz apesar de estar na produção de um grande projeto. “Eu comecei a fazer teatro quando tinha 11 anos e aí fui para faculdade. Lá, fui descobrindo a produção, mas ainda sinto muitas saudades de atuar”, afirma.

Catarinense e formada em Teatro, Fabíula começou no Festival de Curitiba em 2009, atuando na área de apoio de bilheteria. Anos depois, foi contratada pela Parnaxx, produtora do festival, e foi chamada para ser diretora do evento em 2019.

Neste ano, o festival vai contar com mais de 350 espetáculos em duas semanas. O evento é dividido em diferentes mostras, sendo:

Mostra Lúcia Camargo: principal recorte do evento, em que o festival convida as companhias de teatro para participarem. Os curadores indicam uma linha editorial e fazem uma seleção dos melhores espetáculos. O nome é uma homenagem a grande profissional que atuou nas áreas de jornalismo e cultura do Brasil.

Fringe: a mostra mais democrática do evento, em que qualquer companhia de teatro tem a oportunidade de participar, trazendo espetáculos de vários estados e países como Argentina e Chile. Vale destacar que o Fringe é responsável pela maior parte do festival, somando 280 apresentações este ano. As peças também acontecem a céu aberto, em praças famosas da cidade como Rui Barbosa, Osório, entre outras.

Guritiba: é o espaço voltando à criançada, com espetáculos sediados no teatro Bom Jesus durante os fins de semana. As apresentações e os espetáculos nesta mostra também passam por curadoria e são chamadas para se apresentarem. A ação social com o mesmo nome da mostra dura o ano inteiro e conta com apresentações em instituições ligadas à vulnerabilidade social.

Risorama: criado em 2003, é um programa de stand up comedy. Seis humoristas se apresentam por noite, fazendo com que o público caia na gargalhada na presença de humoristas conhecidos. O sucesso é tamanho que acontece em outras regiões do Brasil durante o ano.

Gastronomix: a categoria traz diversos chefs de cozinha renomados do Brasil para Curitiba, com apresentações de música em um festival de música e comida.

MishMash: uma programação voltada para a família para que crianças e adultos possam se divertir juntos. Além do teatro, esse programa contempla dança, mágica e diversos outros atrativos circenses, também com apresentações internacionais.

Interlocuções: oficinas, palestras e debates aprofundadas sobre teatro e cultura voltados para atores, estudantes e amantes de teatro.

A curadoria do evento é formada por pessoas que analisam o que pode ser atração ou não no evento. Para 2023, Giovana Soar, Patrick Pessoa e Daniele Sampaio ocupam a função. Os curadores acompanharam mais de 200 peças em quatro meses para recomendar as possíveis atrações e, depois, formalizando os convites às companhias.

Além de explicar o festival e mostrar suas funcionalidades, Fabíula também comentou sobre as dificuldades de realizar o evento. Segundo a diretora, a maior dificuldade é a captação de recursos, que vai definir o tamanho do festival. Em seguida, estão obstáculos como a montagem de cenários e de alguns espetáculos e levar as pessoas ao teatro.

“O festival para todos”, como diz o lema do evento, está presente em mais de 60 lugares de Curitiba, variando entre atrações gratuitas a R$80.

Todas as informações sobre as mostras, os locais, valores e ingressos estão disponíveis no site do Festival de Curitiba. Para mais detalhes e curiosidades, basta acessar a Rádio Uninter e acessar o programa Art& Cultura sobre o Festival de Curitiba.

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Autor: Gustavo Henrique Leal - Estagiário de Jornalismo
Edição: Arthur Salles - Assistente de Comunicação Acadêmica
Créditos do Fotógrafo: Reprodução