1º encontro nacional Urban Sketchers Brasil e Uninter reúne desenhistas em todo o Brasil

A Uninter realizou o primeiro encontro nacional em conjunto com o grupo Urban Sketchers Brasil no dia 4 de maio de 2024, reunindo estudantes e artistas profissionais e amadores para realizar desenhos em diferentes locais do Brasil. O evento contou com a participação de mais de 40 polos espalhados por todo território nacional.

A ação realizada incentiva as pessoas a aprimorar suas habilidades de desenho e entrar em contato com a diversidade geográfica do país, além de gerar interação, compartilhando experiências artísticas com os integrantes do grupo Urban Sketchers e estudantes.

O coordenador do curso de Artes Visuais da Uninter, Marcos Ruiz da Silva, explicou qual a importância de ações como essas para a instituição e considera que a iniciativas como essa: “Podem incentivar tanto os nossos alunos a experimentar aprimorar o seu desenho, como também estimular toda a comunidade a participar desse tipo de ação.”

Em Curitiba, aconteceu uma das maiores mobilizações, entre integrantes do grupo e alunos da Uninter a ação contou com mais de 70 participantes. O evento aconteceu no campus Divina Providência, onde as pessoas presentes puderam realizar desenhos do prédio histórico da capital paranaense, que tem mais de 100 anos.

“Prestando atenção, a gente fica aqui 3 horas observando esse local. Vai realmente entender e curtir ele. Quando a gente entende a cidade, conhece a cidade, a gente começa a gostar mais dela e a se comunicar melhor com ela”, explicou Simon Taylor, um dos fundadores do grupo Urban Sketchers Curitiba.

Urban Sketchers, o que é?

O Urban Sketchers é um movimento mundial, criado em 2007 pelo artista visual espanhol, Gabriel Campanario. O movimento iniciou após o artista se mudar para os Estados Unidos, na cidade de Seattle, onde reside até hoje. Novo morador de uma cidade ainda desconhecida por ele, Gabriel começou a desenhar pontos da metrópole e compartilhar em um blog criado por ele, chamado “The Urban sketchers”.

Rapidamente, esse movimento espalhou-se pela Europa, nascendo o então movimento que atualmente se espalhou pelo mundo todo. São mais de 400 grupos em 73 países. No Brasil, atualmente, o movimento conta com cerca de 50 grupos e 30 atuando ativamente.

O movimento se resume aos grupos se reunirem para realizar o registro em desenho de um ponto de uma cidade, um monumento, uma paisagem etc. A única regra que os grupos possuem é que o registro precisa, obrigatoriamente, ser realizado in loco. Por ser uma atividade de observação, não pode utilizar do recurso da foto, por exemplo.

Na visão do fundador do Urban Sketchers Curitiba, o movimento possui três pilares importantes para o funcionamento do grupo. O primeiro é a prática do desenho em grupo, tornando uma boa prática e treino dos traços. O segundo é a amizade que se forma ao conhecer novas pessoas do grupo, por ser um ambiente democrático e sem burocracias, acabam reunindo diferentes tipos de pessoas, como arquitetos, desenhistas, crianças, donas de casa, guardas municipais etc.

O terceiro e último pilar envolve conhecer a cidade e a preservação do patrimônio histórico. “A gente está registrando um período da cidade e a conhecendo de uma maneira mais profunda e não passando por ela como a gente passa normalmente. A gente senta 2 horas e realmente observa o local com profundidade e vai criando um vínculo muito maior com a cidade e isso acaba tornando um movimento importante”, explicou, Simon.

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