Inteligência Artificial e o futuro do trabalho: prepare-se para o impacto

Autor: *Armando Kolbe Junior

Destacamos a IA como sendo uma ferramenta poderosa, e sua adoção determinará nosso sucesso no futuro do trabalho. Isso não significa que a IA acabará com todos os empregos, mas certamente mudará o perfil daqueles que serão mais valorizados. Funções repetitivas e previsíveis já foram fortemente impactadas pela IA preditiva; agora, a IA generativa inova ao criar conteúdos originais e executar atividades intelectuais antes consideradas exclusivamente humanas, como a redação de textos, a criação de arte e até programação. 

Vivemos uma transição marcante da Era da Informação para a Era da Inteligência, um movimento que está transformando nossa forma de viver, trabalhar e compreender o mundo. O filósofo Paulo Ghiraldelli Jr., em sua obra — A subjetividade maquínica — a capacidade das máquinas de participar e modificar o campo da subjetividade humana — nos coloca diante de questões profundas sobre nossa relação com a tecnologia. E, nesta nova fase, a inteligência artificial (IA) generativa não apenas transforma o cenário econômico, mas exige que repensemos o que significa ser humano. 

Entretanto, devemos enxergar a IA como uma parceira, e não como uma ameaça. A IA abre um leque de novas oportunidades, especialmente para aqueles que conseguirem adaptar-se e usar a tecnologia para ampliar suas capacidades criativas. Profissionais, como programadores, que utilizam IA para otimizar seus códigos, os designers que exploram novas ideias com auxílio da IA, ou gestores que analisam dados de forma mais eficaz, todos eles estão na vanguarda desta nova era. Essas ferramentas são um suporte, para que possamos tentar nos concentrar nas competências que nos diferenciam das máquinas, que são o pensamento crítico, criatividade, inteligência emocional e adaptabilidade. 

Para navegar com sucesso nesta era, precisamos cultivar uma mentalidade de aprendizado contínuo e de inovação. A IA exige que nos tornemos cada vez melhores, mais criativos e mais focados em nossas habilidades humanas. Setores como saúde e educação estão sendo transformados e novos papéis surgem para os que se dedicam a entender e a dominar a tecnologia. 

Este não é o momento de temer a IA, mas de abraçá-la e de construir com ela um futuro mais produtivo e criativo. 

 

*Armando Kolbe Junior é professor de Ensino Superior e Coordenador dos Cursos de Administração, Contábeis e Análise e Desenvolvimento de Sistemas no Centro Universitário Internacional Uninter. Além disso, é Doutor em Engenharia e Gestão do Conhecimento. 

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Créditos do Fotógrafo: Pixabay


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