Monitoria da Uninter prepara alunos para o ensino e a pesquisa
Autor: Rafael Lemos - Assistente de comunicação acadêmicaO programa de Monitoria, vinculado à coordenação de pesquisa da Uninter, é uma das oportunidades que a instituição oferece para estimular a iniciação à docência, que promove a cooperação entre alunos e professores e ainda contribui para a melhoria da qualidade dos cursos de graduação, tanto na modalidade presencial quanto à distância. Ao longo dos anos, essa atividade passou por muitas mudanças.
Inicialmente, a Monitoria na Uninter consistia na atuação de alunos nos próprios polos de apoio presencial, auxiliando os colegas em dúvidas do conteúdo. Durante a pandemia, essa atividade migrou totalmente para o on-line, e os monitores começaram a participar dos grupos de pesquisa, auxiliando os professores nos debates que seriam lançados nas aulas, ou seja, eles faziam as leituras prévias dos textos a serem discutidos, organizavam algumas atividades e promoviam as discussões sobre as temáticas abordadas.
Todo esse processo era acompanhado de perto pelos professores e com a capacitação, os monitores ganhavam mais autonomia, com pesquisas e publicação de artigos em eventos e revistas. Em 2024, passaram a auxiliar em novos processos como o apadrinhamento de grupos de alunos com os quais se reúnem semanalmente para resolução de exercícios dos conteúdos estudados ao longo do curso. Além disso, permanecem desenvolvendo publicações e participam de aulas ao vivo.
Para a professora, Ana Paula de Andrade Janz Elias, a monitoria contribui para o desenvolvimento acadêmico e intelectual dos alunos. “É comum ver muitos alunos chegarem na monitoria tímidos, imaturos quanto ao processo de aprendizagem, mas com muita vontade de aprender. Com o trabalho próximo aos docentes, que os capacitam e que atuam como mentores deles, os alunos monitores demonstram crescimento emocional, passam a se tornar autoconfiantes, entendem que são pesquisadores e que precisam estar em constante movimento”, afirma.
Foi assim com Jonathan Costa, egresso do curso de Licenciatura em Matemática. A monitoria é uma oportunidade para ele colocar em prática os conhecimentos adquiridos ao longo do curso. “É uma verdadeira escola de experiência. Como monitor, eu preciso constantemente revisitar conteúdos e ampliar o meu domínio sobre eles, o que acaba aprofundando ainda mais o meu conhecimento. A monitoria contribui para o desenvolvimento da minha capacidade de explicar conceitos de maneira clara e acessível, que para um aluno de licenciatura, é uma habilidade essencial”.
Já para Lucas Diniz, também aluno de Licenciatura em Matemática, a monitoria apresenta alguns desafios como encontrar maneiras claras e criativas para explicar os conteúdos aos alunos em diferentes níveis de entendimento. “Gerenciar meu tempo entre a monitoria, os estudos e outros compromissos também foi uma questão desafiadora, mas que me ajudou a desenvolver disciplina e organização”, completa.
Ainda sobre desafios, o professor orientador, Elzério da Silva Junior, destaca a relação entre o docente e o monitor, voltada para o desenvolvimento profissional deste. “Muitos alunos têm em nós orientadores referências de como deve (ou não) ser como profissionais. Outro ponto importante com a monitoria é a apreensão da autonomia relativa a conteúdos e métodos de pesquisa”.
Esse exemplo foi percebido pelo estudante do Bacharelado em Matemática, Guilherme Amorim, que entende como a monitoria possibilita desenvolver habilidades para a vida toda com o auxílio dos orientadores. “Meu orientador é essencial nesse processo, porque ele me dá orientações claras e compartilha experiências que ampliam minha visão, tanto sobre a graduação quanto sobre minha futura carreira. É bom ter esse apoio de quem entende o caminho e quer ajudar a gente a crescer”.
Também aluno do Bacharelado em Matemática, o monitor Müller Moura corrobora que os professores orientadores e a estrutura da Uninter são fundamentais na monitoria. “Hoje atuo como professor e busco ser acessível dessa maneira com meus alunos. A Uninter também me fez enxergar com bons olhos a educação a distância, uma vez que os programas, tanto de monitoria quanto de iniciação científica são extremamente sérios e competentes no que se propõem”, revela.
No caso da aluna de Licenciatura em Matemática, Karen Mainardes, o aprendizado superou as expectativas e se tornaram ferramentas na vida profissional. “Atualmente em sala de aula, consigo perceber que as habilidades e competências adquiridas na monitoria auxiliaram muitíssimo para o desenvolvimento do meu papel como educadora mediadora, que consegue proporcionar aulas e vivências mais prazerosas, em que os estudantes exercem mais protagonismo”, comemora.
E não para por aí. Questionado sobre as perspectivas para a monitoria no próximo ano, o professor Daniel Tedesco ressalta que “para 2025, com as mudanças previstas no novo marco regulatório do MEC para a EAD, a coisa toda promete ficar ainda mais interessante e a monitoria promete ganhar ainda mais relevância”.
Para o professor, o programa permanece muito importante para continuar garantindo uma EAD de qualidade em uma construção coletiva, com os docentes e monitores. “Eu acredito que a monitoria vai se tornar um espaço de multitarefa acadêmica e um verdadeiro laboratório de experimentos educacionais preparando os estudantes para um mercado que valoriza, cada vez mais, flexibilidade e criatividade”, finaliza.
Autor: Rafael Lemos - Assistente de comunicação acadêmicaEdição: Larissa Drabeski
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