O adeus a Moacyr Paranhos, educador por excelência e amigo leal
A Uninter se despediu hoje de um dos seus mais longevos e profícuos colaboradores. Morreu às 6h10 desta quinta-feira (17.10.24), aos 76 anos, o pró-reitor de administração universitária, professor Moacyr Paranhos Filho. Ele estava internado desde agosto, em decorrência de um acidente vascular cerebral. Paranhos fez parte da história do Grupo Uninter nos últimos 25 anos, ajudando a consolidar ainda nos anos 1990 o Instituto Brasileiro de Pesquisa e Extensão (IBPEX), que deu origem a um dos maiores grupos educacionais do país.
“É uma dor institucional como poucas, pois trata-se de um nome de profundo destaque na história desta casa. Deixou-nos, nesta data, um operador especial dos nossos ideais, dos nossos objetivos, e, principalmente, da nossa missão”, disse a Uninter em comunicado. “Moacyr Paranhos Filho ajudou, incansavelmente, na construção desta instituição, para que pudesse atingir o que chegou a ser”, prossegue o comunicado.
Eram muitas as qualidades de Paranhos, como destaca a nota da Uninter. “Fazia e fez convergir na sua pessoa as melhores sínteses de valores como amizade, lealdade, competência, sensatez, criatividade, inovação, companheirismo. Professor vocacionado e educador apaixonado pelo ofício, soube elevar-se com humildade ao patamar que poucos atingem. Soube compor, no trabalho, coerência e consistência, efetividade e grandeza de realização”, completa o comunicado.
A amizade e o profissionalismo, seus traços fortes, são exaltados pelo reitor da Uninter, Benhur Gaio. “O professor Moacyr Paranhos participou ativamente em diversas frentes de trabalho na Uninter, sempre com muita dedicação e profissionalismo. Neste momento recordamos o ser humano especial que esteve presente em nossas vidas nos últimos 25 anos, sempre nos cumprimentando com um sorriso e a mão estendida”, acentua.
“Sua presença sempre foi marcante, com forte personalidade, mas conciliador acima de tudo. A Uninter perdeu um excelente profissional e todos nós perdemos um amigo. Descanse em paz, caro amigo. Fará muita falta”, salienta Benhur. Muitos outros colegas de trabalho se unem ao reitor para prestar homenagens ao amigo que partiu.
“Falar do professor Moacyr Paranhos é falar de um profissional exemplar, de uma pessoa exemplar. Eu o conheci em 2000, quando comecei a lecionar pelo IBPEX. Ele me deu uma oportunidade de fazer, de viajar, levando o conhecimento para todo o Brasil”, salienta o pró-reitor de graduação, cursos técnicos e extensão, Rodrigo Berté. Em 2011, Paranhos deu a chancela para que Berté adquirisse os polos Uninter de Mandirituba e Fazenda Rio Grande, na região de Curitiba. “Ele sempre apoiou essa mudança, então assumi os polos, que passaram a dar resultados extraordinários”, diz.
“Moacyr sempre foi uma pessoa aberta à conversa, à inovação. Mesmo nos últimos anos, quando já não estava bem de saúde, ele participava das reuniões, de todas as atividades, com as suas opiniões, com o seu jeito de colocar as informações. Era um líder e um grande mediador”, enfatiza Berté.
Cordialidade e dedicação
O pró-reitor de pós-graduação e pesquisa da Uninter, Nelson Castanheira, conheceu Paranhos quando começou a prestar serviços ao IBPEX, fornecendo mão de obra docente para turmas de todo o país. Na transição de 2004 para 2005, Castanheira saiu da universidade em que trabalhava havia cinco anos para atender ao convite de Paranhos e se dedicar exclusivamente ao IBPEX.
“Já se passaram mais de duas décadas quando o Paranhos ingressou no Instituto que foi a semente do Grupo Uninter. Dedicação total à empresa, tendo preocupação constante com a saúde financeira do Grupo”, salienta Castanheira. “Paranhos deixará muita saudade para nós que convivemos diariamente com suas orientações e partilhávamos dos seus ensinamentos”, conclui.
A diretora da Escola de Gestão Pública, Jurídica, Política e Segurança, Debora Veneral, tinha uma relação profissional e de amizade com Paranhos. “Além de sermos colegas na Uninter, já tive a oportunidade de atuar em casos familiares para ele enquanto ainda advogava”, diz. “Posteriormente, assim como ele, adquiri um polo da Uninter. Nesses encontros, eu, ele, e sua esposa Marcia, que é contadora, trocávamos ideias sobre as estratégias utilizadas para o negócio”, lembra Débora.
“O Professor Moacyr Paranhos sempre se destacou por sua cordialidade e dedicação em relação aos polos, mantendo uma excelente parceria com todos os gestores. Como pró-reitor de administração universitário, exercia suas funções de maneira democrática, com paciência e sempre ouvindo nossas considerações”, enfatiza Débora.
“Moacyr Paranhos já nos deixa uma profunda saudade, mas a lembrança de sua sabedoria e bondade nos conforta. Sua inteligência, criatividade, conhecimento técnico de gestão e seu senso de justiça na tomada de decisão serão sempre lembrados”, destaca o diretor da Escola de Gestão, Comunicação e Negócios, Elton Schneider. Para ele, o esforço contínuo de Paranhos em ser um profissional exemplar e pronto para enfrentar desafios podem ser considerados como seus principais legados aos que ficam.
“Sua certeza de que nosso trabalho com educação irá gerar um futuro melhor talvez fosse uma de suas maiores forças, pois mesmo diante das adversidades, para ele, sempre era possível encontrar a solução para os problemas e crescer, melhorar e se aperfeiçoar”, pontua Schneider. “Seu legado de otimismo e resiliência continuará a inspirar aqueles que tiveram a sorte de cruzar seu caminho”, acrescenta.
O legado e a inspiração deixados por Paranhos também são ressaltados pela diretora da Escola Superior de Educação, Língua e Humanidades, Dinamara Machado. “Professor Moacyr, uma pessoa de luz, de um coração gigante, ser humano constituído pela empatia. Tivemos boas conversas de gestão. Eis que toda estrela brilha e brilha. A vida é um pisca-pisca”, salienta.
“Conheci o Moacyr em 1989, quando comecei a trabalhar na New Holland. Ele era o gerente industrial responsável pela implantação, muito bem-sucedida, do sistema just-in-time na empresa”, lembra o diretor da Escola Politécnica da Uninter, Antonio Conte. “Mesmo com toda a pressão do ambiente industrial, sempre sereno e positivo. Um exemplo para todos nós”, acrescenta.
