A espiritualidade na gestão

Autor: *Aline Purcote

A busca pela Espiritualidade e pelo sentido da vida fazem parte do ser humano, assim deve ser vista como um processo de crescimento interno que não busca somente um bem-estar psicoemocional, mas também fortalece os valores morais e éticos. A vivência espiritual, quando aplicada nas organizações, aumenta as chances de sucesso, pois eleva o nível de consciência das pessoas e do grupo numa perspectiva integrada, podendo ser inserida no dia a dia corporativo como uma dimensão estratégica, na medida em que dá mais significado à missão da empresa e ao trabalho das pessoas. Sua aplicação é um diferencial competitivo e traz inúmeros benefícios internos e externos, o que fortalece a empresa tornando-a mais ética e consciente.  

A espiritualidade nas organizações está representada nas oportunidades para realizar um trabalho com significado, tendo um sentido de alegria e de respeito pela vida interior, consistindo em um processo de aprendizado constante. Pode-se citar cinco dimensões de espiritualidade nas organizações que explicam o comprometimento organizacional: sentido de comunidade, alinhamento do indivíduo com os valores da organização, sentido de préstimo à comunidade, alegria no trabalho e oportunidades para a vida interior.  

Quando a espiritualidade passa a tomar lugar de evidência e é valorizada, ganha significado na missão da empresa e ao trabalho das pessoas, trazendo resultados importantes como a motivação, melhoria no desempenho, espírito de equipe, comunicação eficaz, qualidade, foco no cliente, melhoria no clima organizacional, colaboradores mais felizes, melhoria no atendimento dos clientes, aumento de produtividade, melhora na imagem da empresa na sociedade, respeito à marca e orgulho dos colaboradores.  

Desta forma, o gestor tem um papel fundamental e deve ser capaz de coordenar colaboradores motivados e apresentar em suas ações sensibilidade com as pessoas, praticando e estimulando o autoconhecimento, ser guiado por valores e ideais, conviver com a adversidade, possuir uma visão holística, ser interessado, saber ouvir e ter compaixão.  

A Espiritualidade na liderança pode contribuir para a construção de ambientes organizações mais inclusivos e compassivos, promovendo o bem-estar emocional e mental dos funcionários. A empatia e o respeito mútuo podem resultar em equipes mais coesas e relacionamentos interprofissionais mais saudáveis. 

A espiritualidade vai ao encontro dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável propostos pela ONU que é um esforço global para alcançar os desafios lançados durante a Cúpula de Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Geral das Nações Unidas de 2015, na qual 193 estados-membros aprovaram o documento, por meio da Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável. Na agenda 2030, foram estabelecidos 16 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e 169 metas, cujo alcance requer uma parceria global com o engajamento de todos. Os objetivos e metas propostos na Agenda 2030 estabelecem ações para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente, além de garantir que as pessoas possam desfrutar de paz e prosperidade. 

Logo, a Espiritualidade desempenha um papel fundamental na promoção desses objetivos, ao cultivar uma cultura organizacional centrada em valores como compaixão, justiça e respeito pela diversidade e motivar práticas de negócios éticas e sustentáveis, alinhadas à responsabilidade social corporativa. 

*Aline Purcote é graduada em Processos Gerenciais, Mestre em Engenharia de Produção e Sistemas pela Pontíficia Universidade Católica do Paraná e possui MBA em Negócios Digitais pela Universidade Positivo. É professora e tutora do curso de Administração no Centro Universitário Internacional Uninter 

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