Colaboradores Uninter se unem para voluntariado em prol da população gaúcha
Autor: Nayara Rosolen - Analista de ComunicaçãoOs colaboradores da Uninter, por meio do Programa de Voluntariado Corporativo Uninter.com Amor, se uniram mais uma vez em prol da solidariedade, agora em apoio à população do Rio Grande do Sul. O mutirão para a triagem dos donativos marcou a 1ª ação de voluntariado da Rede de Investidores Sociais (RIS) do Paraná, realizado em parceria com a Defesa Civil Estadual.
O IBGPEX, Instituto de responsabilidade socioambiental da Uninter, faz parte do grupo de coordenação da RIS, ao lado do Instituto GRPCOM, Instituto Positivo e Instituto Renault. A rede reúne as maiores institutos e fundações de empresas do estado. Nesta iniciativa, estão envolvidos, além do Grupo Uninter, também a Copel, a Votorantim Cimentos e a Unidas.
Cerca de 200 voluntários foram convidados para a triagem realizada nos dias 20, 21, 27 e 28 de junho de 2024, em dois turnos, das 8h às 12h e das 13h30 às 17h30. O trabalho conjunto aconteceu no Centro Logístico da Defesa Civil, situado na sede Cajuru, em Curitiba (PR). Lá estão armazenados os itens doados para a população atingida pelas enchentes e o órgão conta com o suporte de voluntários para separar e organizar os donativos.
A gerente de projetos sociais do IBGPEX, Rosemary Suzuki, afirma que a RIS é de fundamental importância para a união de empresas, principalmente em momentos de crise humanitária, como esta que assolou o estado gaúcho. “São situações que ultrapassam nossa capacidade como indivíduos, então precisamos atuar em comunidade”, salienta.
“Essa união fortalece e leva para dentro das empresas todo esse espírito de solidariedade, transformação e mesmo de esperança, que é necessário. Os colaboradores levam para suas famílias. Uma ação como essa amplia o alcance da ajuda que precisa ser oferecida, mobiliza competências e expertises que as empresas têm, fortalece e cria resiliência comunitária”, complementa Rosemary.
O Major do Corpo de Bombeiros que atualmente presta serviço na Defesa Civil, Thiago Cerdeiro, explica que, em um primeiro momento, a logística foi realizada de forma que conseguissem receber o maior número de donativos e enviar para o destino o quanto antes.
“Ao longo da operação, vimos que era muito maior do que pensávamos, mas, graças a Deus, tivemos apoio não só de instituições estaduais, do poder público, como também da iniciativa privada. Chegamos ao êxito na medida do possível, principalmente para entregar os itens mais necessários”, garante Cerdeiro.
Como chefe da divisão de logística, o Major acredita que “sem os voluntários, não teríamos conseguido fazer o que fizemos, de maneira alguma”. Por isso, o profissional afirma ser um trabalho de extrema importância.
Para a gerente Rosemary, além de inspirar e motivar, o voluntariado corporativo atua como ferramenta de transformação e formação tanto de hard quanto de soft skiils, as habilidades técnicas e sociocomportamentais, respectivamente. Pessoas que muitas vezes estão no início da carreira, mas que já demonstram potencial de liderança em ações como esta, por exemplo. A fala vai de encontro com o que também acredita a assistente social do IBGPEX, Fernanda Milane.
“Os voluntários criam ou melhoram suas habilidades e podem conhecer um universo totalmente diferente, para além do ambiente corporativo. Têm a oportunidade de conhecer novas pessoas e novas culturas. Também têm a satisfação pessoal e isso gera um impacto muito grande, tanto na sociedade quanto em um ambiente profissional”, conclui Fernanda.
O impacto do voluntariado
A coordenadora administrativa do polo Carlos Gomes da Uninter em Curitiba, Aline Peixer, busca ser uma referência para os colaboradores com quem trabalha, no incentivo para a realização da ação e sendo também o exemplo de quem participa de todas as ações promovidas pelo IBGPEX.
“Me sinto realizada, tenho certeza de que essas ações me trazem muito amor. Me sinto extremamente satisfeita, tenho certeza de que sou referência para os meus colaboradores e levo isso para dentro da minha casa, para toda a minha família. Trago meus colaboradores para estas ações e me ajuda demais”, confirma a coordenadora administrativa.
O professor da Escola Superior Politécnica do centro universitário, Vitor Hugo Lau, não apenas participa, mas vai acompanhado também da esposa, Beatriz Lau. Além dos eventos que contam com o apoio do Instituto, o docente é montanhista e guia voluntário, por isso já realizou alguns trabalhos, inclusive com a Defesa Civil.
“É sempre importante. Já trabalhei em outras faculdades com atividades complementares e nós sempre procurávamos envolver nossos estudantes para que realmente participassem e fizessem também esse trabalho em prol da comunidade. É dignificante, não tem preço. Você vai embora com vontade de voltar. Minha esposa sempre pergunta se tem mais alguma ação marcada, então já gostou também de nos acompanhar”, declara Vitor Hugo.
Embora em menor volume, a comunidade local continua colaborando com a organização das doações. Desde o dia 13 de maio, Roseli Aparecida Cruz, de 73 anos, vai todos os dias até o Centro Logístico da Defesa Civil. Acostumada a acordar bem cedo, a enfermeira aposentada se levanta entre 5h30 e 6h da manhã e, depois de organizar sua casa enquanto escuta as notícias do dia, parte para o depósito entre 8h e 9h. Lá, já é conhecida pelos profissionais e orienta aqueles que chegam para ajudar.
“Bicho do Paraná”, como se denomina, a curitibana mora há 50 anos na região e faz da atividade uma ocupação para sua mente, além da solidariedade prestada. “Sempre gostei, sempre fui voluntária, já fiz em asilo e até em penitenciária, porque eu gosto muito. O que vier na frente a gente faz, [mas] eu prefiro mais a organização, estar por dentro de tudo”, conta.
No local, Roseli passa o dia todo, apenas com uma pausa para o horário de almoço. “Eu fico todo dia, até fechar. Me sinto muito bem sabendo que as pessoas vêm trabalhar aqui e também vão se encontrar [na organização]. Eu não quero nada em troca, quero viver em paz e lutar pela vida, porque nós não nascemos em vão. Deus deu um dom para cada um e esse foi o que ele me deu, então eu aceito e todos os dias agradeço”, finaliza.
Como ajudar
O Major Cerdeiro afirma que as doações diminuíram de maneira considerável. Mas para aqueles que desejam doar, devem priorizar alimentos não perecíveis, materiais de limpeza e de higiene pessoal.
Um dos meios para a realização das doações são os Correios. As pessoas podem fazer um cadastro pelo site e verificar os locais de recolhimento. Assim como por meio da Defesa Civil do Paraná, que está recebendo os itens mencionados pelo Major, no endereço abaixo:
Centro Logístico Estadual da Defesa Civil – Sede Cajuru.
Rua Vidal Natividade da Silva, 555, Cajuru, Curitiba/PR.
Das 8h às 12h e das 13h30 às 17h30.
Todos os interessados também podem contribuir com o voluntariado na triagem dos itens que chegam ao local.
Autor: Nayara Rosolen - Analista de ComunicaçãoEdição: Larissa Drabeski