Chanceler da Uninter acompanha práticas de Química em Brasília
Autor: Nayara Rosolen - Analista de Comunicação AcadêmicaOs estudantes de bacharelado em Química da Uninter têm a oportunidade de fazer experimentos práticos reais, em laboratórios físicos. A instituição foi pioneira em conquistar todas as 13 atribuições dispostas pelo Conselho Federal de Química (CFQ) na graduação de modalidade de educação à distância (EAD).
Na última semana de imersão, realizada no Laboratório Presencial de Apoio Didático (LAPAD) em Brasília (DF), entre os dias 20 e 24 de maio de 2024, 17 estudantes tiveram a oportunidade não só de vivenciar a experiência presencial, mas também puderam conhecer e interagir com o chanceler da Uninter, Wilson Picler, o reitor do centro universitário, Benhur Gaio, o pró-reitor de Graduação da instituição, Rodrigo Berté, e a diretora da Escola Superior de Educação, Humanidades e Línguas (ESEHL), Dinamara Machado.
O contato com as autoridades se deu por meio de uma videochamada, na qual os acadêmicos puderam relatar suas as próprias realidades e o impacto que o estudo tem em suas vidas, uma vez que nas cidades em que residem não chegam os cursos presenciais. Na ocasião, o chanceler também acompanhou parte da aula realizada em laboratório e sanou algumas dúvidas em relação ao que vivenciam na imersão. “É uma experiência muito gratificante para nós, porque a nossa ideia é aprimorarmos cada vez mais”, salientou Picler.
Para a diretora Dinamara, a equipe teve “a alegria de desenhar essa metodologia” que a docente considera inclusiva, visto que democratiza o acesso ao conhecimento, sem causar prejuízos para a formação dos estudantes. “Sou daquela que batalha ao máximo, o quanto eu puder, para não termos um ensino elitista no país”, garante.
Até o momento, são seis Laboratórios Presenciais de Apoio Didático (LAPADs) espalhados pelo Brasil equipados para receber e atender os estudantes de Química: além de Brasília, em Curitiba (PR), São Paulo (SP), São José dos Campos (SP), Porto Alegre (RS) e Belo Horizonte (MG). De acordo com o chanceler, o objetivo é ampliar o número de LAPADs estruturados para receber os alunos da área, nas capitais e, dependendo da demanda da região, algumas cidades do interior também.
Durante os cinco dias de prática, os acadêmicos realizam 56 experimentos das áreas centrais de química geral, inorgânica, orgânica, analítica e físico-química, todos solicitados pelo CF
Q. Os professores da graduação viajam para atender os estudantes nos LAPADs fora de Curitiba. Desta vez, em Brasília, as professoras Gabriele Dupont e Carla Krupczak ministraram as práticas.
A gestora da unidade em Brasília, Eulânia Oliveira, afirma que a presença e interação do chanceler com os estudantes representa “desenvolvimento e progresso”. “É alguém que se esforça para que nossos alunos tenham acesso à educação de qualidade e oportunidade de crescimento no futuro. Não é apenas um evento protocolar, mas uma grande oportunidade para nós expressarmos reconhecimento por todo trabalho árduo e dedicação”, salienta.
“É um privilégio testemunhar de perto a significativa visita de nosso mantenedor, pois é uma excelente oportunidade para fortalecer laços entre a administração e aqueles que sustentam e impulsionam nossa missão”, acrescenta o assessor de presidência do LAPAD, José Guedes.
Educação de Norte a Sul do Brasil
A democratização da educação, comentada também pela diretora Dinamara, aparece nos relatos dos estudantes. Jeorlana Silva, 43 anos, trabalha há 20 anos em uma usina de açúcar e álcool na função de supervisora de laboratório. Com a formação técnica na área, o sonho da estudante sempre foi realizar a graduação em Química. No entanto, por trabalhar e residir no interior, em Primavera (PE), não conseguiria conciliar uma faculdade presencial.
A oferta da graduação à distância em Cabo de Santo Agostinho (PE), a aproximadamente 48km de distância da cidade onde mora, foi o que possibilitou a realização do desejo que guardava há 16 anos. A estudante viajou mais de 2 mil quilômetros para participar das práticas em Brasília e pôde relatar sua história aos presentes. Sobre a semana imersiva, ela define como “uma experiência incrível”.
“Na prática do dia a dia, não aprendemos a calcular as reações químicas, todos os procedimentos operacionais já estão escritos e os softwares se encarregam de calcular. Com certeza contribuiu e muito [para o trabalho que realiza]”, garante.
O reitor Benhur Gaio destaca a importância de os estudantes compartilharem suas realidades e trajetórias no curso, principalmente aqueles que já atuam na área específica. “Temos diversos relatos de pessoas que estão hoje trabalhando em empresas relevantes no cenário nacional na área de formação. É muito importante para nós entendermos como isso ocorre no contexto profissional [dos estudantes]”, complementa.
Bruna Souza, de 23 anos, é vinculada ao polo em Anápolis (GO), cidade em que mora. A jovem se apaixonou pela área desde que cursou o técnico em Química junto com o ensino médio. Chamou atenção da estudante a nota máxima que a graduação da Uninter conquistou na avaliação realizada pelo Ministério da Educação (MEC).
Com as práticas, Bruna garante que pôde perceber seus pontos fortes e aqueles que pode melhorar. Mesmo já tendo experiência em indústria farmacêutica na área de controle de qualidade, onde aprendeu a fazer análises e ter raciocínio treinado para os requisitos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), ela garante que durante a semana imersiva teve contato com ferramentas que nunca tinha visto e trocou experiências também com os colegas.
“As aulas presenciais têm um ponto positivo que nos permite conhecer pessoas com um histórico diferente. Sempre soube que, com a minha formação, poderia exercer minha profissão em vários lugares. Mas conhecer pessoas que realmente trabalham em diferentes empresas e saber a rotina delas mudou como eu vejo essas diversidades”, explica.
Para a estudante, a troca também com as autoridades da Uninter permitiu ver qual o real interesse pelos estudantes. “Principalmente por terem comentado que querem levar para mais lugares, permitindo que outros também possam ter essa experiência”, conclui.
Qualidade de excelência
A preocupação com a formação dos estudantes e as 13 atribuições do CFQ conquistadas pela graduação fizeram com que Artur Almeida, 30 anos, escolhesse o curso superior na Uninter. O desejo por se tornar bacharel em Química se deu pela vasta possibilidade de atuação, assim como boa aceitação em editais de concursos públicos.
Para o jovem, o que mais chamou a atenção na imersão das práticas foi a estrutura física dos laboratórios. “Por possuírem vários equipamentos de última geração, de ótima qualidade, e uma grande diversidade e quantidade de reagentes para realizar os experimentos. Traz maior segurança e confiança para atuar em um laboratório”, afirma.
Artur salienta que a presença e interação com Picler, mesmo que por videochamada, reforçaram a preocupação da Uninter em ofertar uma educação de qualidade, já que o chanceler “demonstrou grande preocupação com os procedimentos realizados nas práticas e dos equipamentos disponíveis em laboratório”.
A qualidade dos equipamentos e dos profissionais envolvidos também estiveram presentes na fala de Jeorlana. “As professoras são muito dedicadas e extremamente profissionais, explicam muito bem as práticas, principalmente para aqueles alunos que não têm acesso ao laboratório químico. Eu estava certa em parar de estudar quando pegasse meu diploma, mas, através da experiência, já quero minha pós-graduação na área de meio ambiente na Uninter”.
A formação na área é o resgate de um objetivo antigo na vida de Thiago Pimenta, hoje com 40 anos. Aos 17 anos de idade, o estudante iniciou a formação na Universidade de Brasília (UnB) e chegou a atuar na área, em laboratório com análises espectroscópicas e na Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustívels (ANP) com análise de qualidade de combustíveis. Mas, por diversos motivos, não pôde dar continuidade na época.
Apesar de não ter a intenção de atuar em Química por enquanto, já que hoje trabalha com “vendas online de grandes marcas”, viu na EAD a oportunidade de refazer esta história. O motivo principal são as filhas que têm com a esposa Fernanda: Catarina, de seis anos, e Beatriz, que nasce em setembro deste ano.
“Não quero que minhas filhas achem que não devem estudar porque o pai é bem-sucedido sem um curso superior. A imersão foi ótima para voltar aos laboratórios e conhecer alguns estudantes do curso. Fiz boas amizades e refresquei conhecimentos que eu nem lembrava que tinha”, afirma Thiago.
Para a gestora e o assessor de presidência do LAPAD em Brasília, a experiência foi “gratificante e enriquecedora”. De acordo com os profissionais, a empolgação dos alunos em aplicar os conhecimentos pôde ser percebida também na troca de conhecimento dinâmica, com propostas de hipóteses e discussão dos resultados.
“Ao final, tanto os alunos quanto nós saímos com a sensação de realização e aprendizado mútuo, fortalecendo ainda mais o vínculo entre teoria e prática. Eles [os estudantes] tiveram uma sensação de valorização e pertencimento ao perceberem que suas vozes e opiniões são levadas em consideração por nosso mantenedor, o professor Wilson Picler”, finaliza Eulânia.
Autor: Nayara Rosolen - Analista de Comunicação AcadêmicaEdição: Larissa Drabeski
Que texto inspirador! Abordar sobre um curso de relevância social na formação de química, ciência que contribui para manutenção da vida e atua nas diversas áreas de atividades humanas. Conhecer a realidade educacional de alguns desses estudantes, tornam maior a necessidade de mudanças na educação. Algo que inquieta é saber da estudante que precisou percorrer tanto para participar dessa enriquecedora prática.