O planeta e o meio ambiente pedem socorro

Autor: Sandra Maria Lopes de Souza*

Em 5 de junho comemora-se o Dia Mundial do Meio Ambiente, que foi estabelecido pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1972. Este ano, a campanha concentra na restauração da terra, na desertificação e na resiliência à seca, com o slogan “Nossa terra. Nosso futuro”, com as comemorações globais, no Reino da Arábia Saudita. 

Tanto a restauração da terra como a resiliência à seca e o progresso da desertificação se mostram pontos cruciais no que se refere à influência das mudanças climáticas, especialmente pelo uso dos recursos naturais, que a cada dia se torna mais insustentável. 

Mas o que é a desertificação? É um fenômeno que modifica e transforma terras férteis em áreas áridas, ameaçando a biodiversidade e principalmente a segurança alimentar, refletindo negativamente na economia e na sociedade. A aceleração para restaurar ecossistemas degradados pode auxiliar não só nos efeitos das secas, mas também no auxílio da resiliência das comunidades, frente às diversidades ambientais.  

A Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação disponibiliza dados sobre áreas degradadas no planeta e mostra que o total chega próximo de 40%, implicando diretamente na metade da população mundial, e como consequência econômica, ameaçando o PIB global em US$ 44 trilhões. O número e a duração das secas se mostram aumentando em 29% desde 2000, sendo notório que, sem uma ação urgente, as secas poderão afetar mais de três quartos da população mundial até 2050, data esta que parece distante, mas diante da situação alarmante, se torna muito próximo.

No Brasil, a área suscetível à desertificação chega a 16%, correspondendo a 1.340.000 km2, o que representa 70% da extensão da região Nordeste. Esses números demonstram o tamanho do problema, especialmente se falarmos em áreas semiáridas, onde encontramos práticas agrícolas insustentáveis, que aceleram a degradação do solo. 

A restauração de terras se torna um apelo global para a proteção e revitalização dos ecossistemas em todo planeta. Com isso, a necessidade urgente de restaurar a saúde do planeta é evidente, respondendo aos desafios ambientais atuais urgentes, assim como a degradação do solo, modificação e perda da biodiversidade e a mudanças climáticas. Cada dólar investido em restauração pode trazer até US$ 30 em serviços ecossistêmicos, e com isso reduzir a pobreza, aumentar a resiliência a condições climáticas extremas. 

Serviços ecossistêmicos ajudam a nossa sobrevivência e proporcionam qualidade de vida, a exemplo do ciclo de nutrientes, onde a matéria orgânica decomposta, auxilia na fixação de nitrogênio, enriquecendo e garantindo mais fertilidade ao solo. Ecossistemas naturais, como os parques nacionais, que proporcionam belas paisagens e contribuem com o bem-estar físico e mental. 

Diante deste cenário, pode-se dizer que esses são alguns pedidos de socorro do meio ambiente para minimizar os impactos negativos que está sofrendo. No ano de 2023 até a meio de 2024, recordes de temperaturas foram quebrados, sentindo em várias partes do mundo os impactos, não só com ondas de calor, mas tempestades, inundações e secas.  

Todas essas situações expostas, analiso como um chamado a ações para garantir que as futuras gerações tenham um planeta saudável e próspero como herança da nossa geração! 

* Sandra Maria Lopes de Souza é mestre em Gestão Ambiental e coordenadora de cursos de pós-graduação na Uninter.

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Autor: Sandra Maria Lopes de Souza*
Créditos do Fotógrafo: Kalmankovats/Pixabay


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