Educação para Cidadania Global no Agronegócio trata de desafios na atualidade

Autor: Rafael Lemos - Assistente de Comunicação Acadêmica

“Cidadania global é uma mentalidade, não tem a ver com a cidadania nacional”. Essa é a visão do coordenador dos cursos de pós-graduação em Relações Internacionais e Comércio Exterior da Uninter, José Benedito Caparros Junior. Para ele, essa concepção ajuda as pessoas a compreenderem que fazem parte do mundo.

Nesse sentido, sobre a Educação para a Cidadania Global (ECG), a professora Milena dos Santos, que é tutora dos cursos de pós-graduação em Relações Internacionais e Comércio Exterior da Uninter, destaca quatro características. O primeiro é a abordagem disciplinar, em que professores integram discussões em sala de aula, levando os alunos a identificarem onde os problemas podem acontecer e em quais áreas. O outro é a experiência de aprendizagem ativa, que é promover atividades práticas, estudo de campo e pesquisas, que ajudam a reforçar a conexão da teoria com a prática. O terceiro são as discussões e debates, chamadas de sala invertida, quando o professor lança uma temática e o aluno traz as próprias experiências. E por fim, a utilização de recursos globais, que, de acordo com a professora, aproveita recursos on-line, palestras e especialistas.

“Quando falamos de ensino superior, temos as linhas de pesquisa, desde a graduação até a pós, mestrado ou doutorado. É a partir daí que o aluno vai para o estudo de campo e consegue conciliar a teoria junto da prática. E é onde ele consegue identificar quais são os desafios globais, e neste caso, do agro”, ressalta Milena.

Para Caparros, um exemplo prático de ECG é a própria Maratona da Pós-Graduação Uninter, que traz desafios globais, informações e reflexões. “Agregar essas questões de forma sistematizada, de forma que instigue os alunos a procurarem soluções dentro dessa mentalidade de contexto mundial, vai trazer uma série de benefícios no contexto do agronegócio, porque ele é o epicentro”, declara.

Ainda sobre o desafio global, Caparros destaca a abrangência geográfica, potencial de disseminação, necessidade de auxílio externo e contribuição para o conhecimento global. O agronegócio se insere nesse contexto devido à interconexão com questões de segurança alimentar, sustentabilidade ambiental, mudanças climáticas e equidade social. Ele também cita a relação do agro com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), sendo a Educação para a Cidadania Global o quarto objetivo.

Por fim, dentre os desafios relacionados ao agro, Milena dos Santos aponta um estudo de caso sobre a representação feminina neste setor. Conforme dados de um levantamento agropecuário realizado pelo IBGE de 2017, no Brasil há 5,07 milhões de estabelecimentos rurais e apenas 947 mil deles (19%) são dirigidos por mulheres. Embora sejam minoria, o relatório apontou que um diferencial delas no agro é o conhecimento técnico, corroborando a importância da educação, e neste caso, atrelada ao desafio da promoção de igualdade de gênero.

A palestra “Educação para Cidadania Global no Agronegócio: Preparação de estudantes para serem cidadãos globais no contexto do agronegócio, entendendo a interconexão entre agricultura, sociedade e meio ambiente em uma escala global” fez parte da V Maratona da Pós-Graduação Uninter, tema Conexões Interdisciplinares, no dia 06 de abril de 2024, das 9h às 20h30 com transmissão ao vivo pelo Youtube.

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Autor: Rafael Lemos - Assistente de Comunicação Acadêmica
Edição: Larissa Drabeski
Créditos do Fotógrafo: Pexels e reprodução do Youtube


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