A proibição do álcool 70% líquido e os impactos na saúde pública

Autor: *Vinícius Bednarczuk de Oliveira

A pandemia de COVID-19 redefiniu a importância da higiene e da sanitização em nossas vidas. O álcool 70% se tornou um aliado fundamental na luta contra o vírus, presente em casas, empresas, escolas e diversos outros ambientes. Sua praticidade, eficácia e custo acessível o tornaram a escolha ideal para a higienização frequente das mãos e superfícies.

Com o passar dos meses, a sanitização com álcool 70% se tornou um hábito arraigado na rotina da população. As pessoas se familiarizaram com o produto e aprenderam a utilizá-lo de forma segura e eficaz. Essa mudança de comportamento contribuiu significativamente para a redução da transmissão de  COVID-19 e outras doenças.

Nesse contexto, a proibição da comercialização de álcool 70% líquido pela ANVISA a partir de 30 de abril, embora compreensível em termos de segurança, gera apreensão e abre espaço para o debate. É importante considerar que a medida pode ter impactos negativos na saúde pública, dificultando o acesso a um produto essencial para a proteção individual e coletiva.

Ao invés de simplesmente proibir a venda do álcool 70% líquido, é fundamental buscar soluções alternativas que ponderem os riscos e benefícios do produto. Investir em medidas educativas, campanhas de conscientização e fiscalização rigorosa pode ser mais eficaz na prevenção de acidentes domésticos do que simplesmente remover o produto do mercado.

Ao implementar essas medidas, é possível promover o uso responsável do álcool 70% líquido, sem comprometer sua utilidade como ferramenta essencial para a higiene e a saúde. É fundamental que a ANVISA, em conjunto com a sociedade, encontre um equilíbrio, que garanta a segurança da população sem prejudicar a saúde pública e a economia.

*Vinícius Bednarczuk de Oliveira é Farmacêutico, doutor em Ciências Farmacêuticas e coordenador do curso de Farmácia do Centro Universitário Internacional Uninter

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