Impactos da atualização do Google para o e-commerce
Autor: *Luciano Furtado C. FranciscoEm março de 2024, a gigante da tecnologia Google lançou detalhes sobre sua mais recente atualização, a “March 2024 Core Update” (Atualização do Núcleo de março de 2024), que promete alterar significativamente a forma como seu algoritmo classifica, ordena e exibe os resultados de pesquisa com atualização. A empresa também adotou uma nova política contra spam, visando garantir a integridade e qualidade dos resultados de busca. Essas mudanças têm repercussões importantes para os negócios online, especialmente aqueles que dependem do tráfego orgânico (resultados não patrocinados nas buscas) para impulsionar suas vendas.
A atualização do Google, anunciada com antecedência e prevista para ser totalmente implementada em abril de 2024, é uma das mais abrangentes até hoje. Ela reflete a crescente preocupação da empresa em fornecer resultados de pesquisa precisos, relevantes e úteis para os usuários, ao mesmo tempo em que combate práticas desonestas de manipulação de classificações.
Uma das principais áreas afetadas por essas mudanças é a produção de conteúdo, especialmente aquele gerado por inteligência artificial (IA). O Google reforça a importância de garantir que o conteúdo na web seja genuíno, combatendo o abuso de técnicas que visam manipular as classificações de pesquisa.
Essa nova política contra spam expande a visão anterior da empresa de “conteúdo gerado automaticamente” para a expressão “abuso em grande escala de conteúdo”, independentemente se este é produzido por automação, esforço humano ou uma combinação de ambos. Isso demonstra uma compreensão mais ampla das formas pelas quais o conteúdo pode ser manipulado para enganar os sistemas de indexação.
O Google informa em seu blog que o objetivo não é penalizar o uso legítimo de IA na criação de conteúdo, mas sim combater o abuso dessa tecnologia para inundar a web com material de baixa qualidade e sem valor real para os usuários. Isso significa que as empresas que utilizam IA de forma ética e responsável não devem ser penalizadas com essas novas regras.
Outro aspecto relevante é o combate ao “Abuso de Conteúdo em Escala”, que se refere à prática de gerar uma grande quantidade de páginas com o intuito de manipular as classificações nos resultados de pesquisa, em detrimento da experiência do usuário. Essas páginas muitas vezes são criadas de forma automatizada ou através de esforços humanos intensivos, comprometendo a integridade dos resultados de busca.
O recado é claro: tornou-se ainda mais importante que as empresas atuem de forma ética e responsável no que diz respeito ao SEO (Search Engine Optimization – otimização para sites de busca, o conjunto de estratégias e técnicas utilizadas para otimizar um site e aumentar sua visibilidade nos resultados de busca orgânica dos mecanismos de pesquisa) e à produção de conteúdo. O Google promete ficar cada vez mais rigoroso em suas políticas contra spam e manipulação de classificações. E quem seguir práticas transparentes e centradas no usuário será beneficiado a longo prazo. Ou seja, com as mudanças anunciadas pelo Google, os profissionais de marketing digital e proprietários de sites e lojas virtuais devem revisar suas estratégias de SEO. É essencial focar em conteúdo autêntico, relevante e valioso, evitando práticas enganosas que possam resultar em penalizações nos rankings de pesquisa.
Para os gestores de e-commerce, o negócio é priorizar a transparência, a qualidade do conteúdo e a experiência do usuário ao implementar estratégias de SEO. Ao fazer isso, suas lojas virtuais terão muito mais chances de se destacar positivamente nos resultados de pesquisa, contribuindo para o sucesso no competitivo mundo do comércio eletrônico.
*Luciano Furtado C. Francisco é analista de sistemas, administrador e especialista em plataformas de e-commerce. É professor do Centro Universitário Internacional – Uninter, onde é tutor no curso de Gestão do E-Commerce e Sistemas Logísticos e no curso de Logística.
Autor: *Luciano Furtado C. FranciscoCréditos do Fotógrafo: Pexels