Estilo de vida mais saudável é chave para prevenção de câncer
Autor: Luiz Garcel - estagiário de jornalismo
O câncer é um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado de células. É a segunda principal causa de mortes no Brasil, a primeira são as causadas por problemas cardiovasculares. O Programa Saúde em Foco da Uninter abordou o assunto com as professoras de Ensino Superior da Escola Superior de Saúde Única: Louise Scussiato, coordenadora dos cursos de graduação, e Deisi Benedet, coordenadora do Curso de Enfermagem. “Aquilo que eu tomo de decisão hoje vai impactar a saúde no futuro”, destaca a professora Louise quando se refere aos cuidados com a saúde.
Desde 1988, o Dia Nacional de Combate ao Câncer, celebrado no dia 27 de novembro, tem a finalidade de mobilizar a população quanto aos aspectos educativos e sociais para o controle da doença. Por isso, o INCA e o Ministério da Saúde desenvolvem estratégias que visam ampliar o conhecimento da população brasileira sobre o câncer e, principalmente, em como prevenir.
O Instituto Nacional do Câncer estima 704 mil casos de câncer por ano no Brasil até 2025. Casos de câncer de mama em mulheres e próstata em homens continuam sendo os tipos da doença com maior incidência. Entretanto, o câncer de pulmão e faringe é o que mais mata no Brasil. Cerca de 85% dos casos estão relacionados ao tabagismo tanto em homens como em mulheres.
Em 2022, a American Cancer Society estimou que 236.740 novos casos de câncer de pulmão serão diagnosticados nos EUA (118.830 em mulheres e 117.910 em homens) e que 130.180 pessoas morrerão devido à doença. A incidência de câncer de pulmão vem diminuindo nos homens, nas últimas três décadas, e começou a diminuir nas mulheres. Essa tendência reflete a diminuição do número de fumantes nos últimos 30 anos.
Na luta contra a doença o diagnóstico precoce ainda é o melhor tratamento, contudo hábitos saudáveis como a prática de atividades físicas e uma alimentação saudável diminuem consideravelmente a possibilidade de contraí-la.
“Nós temos uma cultura muito curativista”, ressalta a professora Deisi Benedet, coordenadora do Curso de Enfermagem ao se referir as pessoas que procuram um médico só quando sentem que algo está errado. “É preciso ter uma consciência mais prevencionista”, conclui.
O câncer da pele responde por 33% de todos os diagnósticos desta doença no Brasil, sendo que o Instituto Nacional do Câncer (INCA) registra, a cada ano, cerca de 185 mil novos casos. O tipo mais comum, o câncer da pele não melanoma, tem letalidade baixa, porém seus números são muito altos. Os mais comuns são os carcinomas basocelulares e os espinocelulares, responsáveis por 177 mil novos casos da doença por ano. Mais raro e letal que os carcinomas, o melanoma é o tipo mais agressivo de câncer da pele e registra 8,4 mil casos anualmente.
Para prevenir o câncer de pele devemos evitar a exposição excessiva ao sol, e fazer uso do tradicional protetor solar são as melhores estratégias para prevenir o melanoma e outros tipos de tumores cutâneos.
“Estamos sem muitas opções de alimentos saudáveis, pois até mesmo as frutas possuem agrotóxicos. Diante disso, qual a alternativa?”, questionou o internauta Danilo Silva durante a exibição do Programa Saúde em Foco da Uninter.
“O consumo de alimentos orgânicos pode ser uma alternativa mais saudável assim como incentivar as feiras livres de produtores do seguimento”, concluem a professora Louise e a apresentadora Barbara Carvalho.
Para conscientizar a população sobre a importância da prevenção, foi aprovado no dia 22 de novembro o Projeto de Lei 2952 que Institui a Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e o Programa Nacional de Navegação da Pessoa com Diagnóstico de Câncer.
O programa de navegação é o acompanhamento de um profissional de enfermagem à pessoa diagnosticada com câncer desde o início até o final do tratamento. “Esse projeto de lei mostra um grande avanço no tratamento da doença”, encerra a professora Deisi Benedet.
Autor: Luiz Garcel - estagiário de jornalismoEdição: Larissa Drabeski
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