O mercado de trabalho para profissionais acima de 60 anos
Autor: Andressa Bueno Serigato Meneghelli (*)O cenário do mercado de trabalho mudou nas últimas décadas, mas os desafios para os profissionais com 60 anos ou mais continuam os mesmos. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa de vida do brasileiro vem crescendo por anos consecutivos e em 2021 atingiu a média de 77 anos. No Brasil, são 31,2 milhões de pessoas acima de 60 anos, sendo que 7 milhões são trabalhadores 60+ que ocupam em torno de 8% da força de trabalho no país.
Hoje, uma pessoa 60+ se sente muito bem para trabalhar. É comum um profissional aposentado que opte por continuar ativo no mercado de trabalho, seja para manter-se produtivo ou para complementar a renda. Os dados do IBGE mostram que apenas 1% dos aposentados são independentes financeiramente. Porém, estes profissionais enfrentam maior dificuldade para conseguir uma recolocação em comparação aos mais jovens. Segundo pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), se por um lado profissionais 60+ apresentam vantagens como a experiência, maturidade e valorizarem a estabilidade, por outro os mais jovens dominam as tecnologias e se adaptam rapidamente às mudanças, além de buscarem desafios e propósito no trabalho que realizam, estando mais alinhados ao contexto atual.
Na tentativa de acompanhar uma tendência no mercado de trabalho, incluindo profissionais 60+ para manter a diversidade geracional em suas equipes, as empresas brasileiras tendem a adotar políticas de recursos humanos limitadas a processos seletivos para contratar pessoas acima de 60 anos, mas não contemplam estratégias para reter ou qualificar esses profissionais. Não há prática de seleção ou de cultura organizacional que favoreça o engajamento de profissionais 60+.
De acordo com um estudo de cultura corporativa realizado pela Top Employers Institute com 1200 empresas de diversos países, 50% das empresas europeias possuem políticas para atração, engajamento e retenção de pessoas idosas, porém, no Brasil o índice é de apenas 21%. Um segundo estudo realizado pela FGV com mais de 100 empresas no Brasil identificou que apenas 1% dos cargos destas empresas são ocupados por pessoas com mais de 65 anos; para 70% das empresas que participaram deste estudo, os profissionais na terceira idade são mais caros; para 69% destas empresas, pessoas com 60 anos ou mais não se adaptam bem às mudanças; 63% das empresas pesquisadas acham que os profissionais na terceira idade estão acomodados com a proximidade da aposentadoria.
Os profissionais de 60+ que optam por continuarem ativos no mercado de trabalho, mesmo após a aposentadoria, precisam reconhecer a necessidade de estarem constantemente se atualizando. O lifelong learning (aprendizado ao longo da vida) é essencial para qualquer profissional do século XXI, além disso, buscar oportunidades de aperfeiçoamento na área em que o profissional 60+ já tem experiência pode contribuir de forma mais efetiva para seu upskilling (aprimoramento).
Com base nas estimativas do IBGE, a tendência é termos mais pessoas maduras e menos pessoas jovens disponíveis para o mercado de trabalho nos próximos anos. De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), em 2040 o Brasil terá 56% da força de trabalho composta por pessoas com mais de 45 anos. Diante desse novo contexto, as organizações precisam pensar em adaptações culturais e tecnológicas que facilitem o ajuste a essa movimentação, promovendo uma verdadeira inclusão etária, frente aos processos de digitalização dos negócios e dos trabalhos.
*Andressa Bueno Serigato Meneghelli é professora da Escola Superior de Gestão, Comunicação e Negócios da Uninter. Mestra em Administração.
Autor: Andressa Bueno Serigato Meneghelli (*)Créditos do Fotógrafo: Steve Buissinne/Pixabay
Em artigo lido hoje o ‘fenômeno’ de 65+ aposentados que continuam trabalhando esta crescendo nos USA .
Os fatores como aumento da expectativa de vida, melhores condições de saúde, experiência, patrimônio já constituído (embora em alguns anos a permanência na atividade é para complementar a renda) são os mais presentes no estudo.
Tecnologia e IA são desafios que alguns conseguem superar mas não tanto quanto os da faixa 25/40 anos.
TENHO 66 ANOS. APOSENTADO. JA TRABALHEI COMO: COORDENADOR DE PROGRAMAÇÃO NA TV ARATU BA. COORD. DEFESA CIVIL PREFEITURA DE SAUBARA BA.
QUERO VOLTAR AO MERCADO DE TRABALHO.
Estou a mais de 2 anos a procura de Nova oportunidade de emprego trabalho tenho cadastros com milhares de clientes corporativos aonde posso vender antecipação de ingressos corporativos e eventos excursões e também pelo site
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CARLOS FREDERICO CRABBE
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Meu nome é Deise Lúcia Ferreira, sou professora primária. Né aposentei trabalhando em biblioteca, aliás, local que amo trabalhar. Ainda tenho sonho de voltar a trabalhar. Me sinto super apta. Ultimamente, moro em Itaperuna cidade do Rio de Janeiro.