Uninter é a única instituição privada na verticalização de cursos técnicos e tecnólogos

Autor: Nayara Rosolen - Jornalista

Sempre inovadora e à frente do tempo quando se trata de tecnologia e educação a distância (EAD), a Uninter é a única instituição privada e que oferece cursos EAD a participar do Projeto Verticaliza. Quatro professores coordenadores de cursos técnicos e tecnólogos representaram o centro universitário no módulo presencial de encerramento da terceira turma, em Brasília (DF), na semana de 26 e 30 de junho.

Juliano Pedroso, dos cursos técnico e tecnólogo de Automação Industrial, Grazielle Maccoppi, de Gestão em Turismo, e Vanessa Lurezovoski e Neliva Tessaro, ambas de cursos técnicos da Unintertech, construíram uma proposta pedagógica curricular (PPC) para que os níveis técnico e superior se articulem e que os estudantes tenham disciplinas equivalentes.

Os cursos técnicos podem ser realizados pelos estudantes junto ao ensino médio ou assim que se formam. Dessa forma, o projeto visa à permanência dos estudantes em instituições de ensino para uma formação contínua e, consequentemente, a inserção deles no mercado de trabalho, com perspectiva de futuro. Não só para engrenar a carreira profissional, mas também com qualidade de vida e melhoria socioeconômica.

Conduzido pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP), o projeto acontece em parceria com a Secretaria de Educação Profissional e Tecnóloga do Ministério da Educação (Setec/MEC). O objetivo do Verticaliza é a capacitação de instituições que oferecem cursos técnicos e tecnólogos, “com foco na implementação de política para o aproveitamento de componentes curriculares e competências, que possam dar prosseguimento ou conclusão aos estudos”, afirma o MEC.

“A Uninter é uma instituição que realmente quer levar a educação para todos. Está no Brasil todo, com qualidade, principalmente para quem não tem tanta oportunidade. Na educação a distância, estamos um pouco mais avançados. E com essa oportunidade de um aluno fazer o técnico e poder fazer aproveitamento dessas disciplinas com o ensino superior, eu acho fantástico!”, declara a diretora da Unintertech, Christiane Kaminski.

Capacitação para educar

Os professores passaram por uma primeira fase virtual da capacitação, ainda em abril. Nos cinco dias de encontros presenciais, em junho, tiveram a missão de construir uma PPC para conversar dois cursos da mesma área. Os escolhidos foram o técnico em Guia de Turismo e o tecnólogo Gestão de Turismo. Durante as oficinas, perceberam que podiam articular outras formações que a instituição possui, como a de Automação Industrial.

“Quando a gente diz ‘conversar’, é nas competências, nas habilidades, em conhecimento”, explica Vanessa. O que para o professor Juliano é “um marco de aproveitamento de disciplinas, algo muito diferente e um desafio muito grande.”

Agora, os profissionais começam as discussões internas na instituição, ajustes no projeto de política pedagógica e a aprovação do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE) para aplicar na prática, assim que a quarta e última turma se formar e o MEC lançar a portaria de autorização para o processo de verticalização entre os cursos. Grazielle salienta que o maior ganho do projeto está em manter o estudante em instituições de ensino por mais tempo, o que está “articulado com a proposta das diretrizes curriculares que foram reformuladas”.

“É uma ação real, efetiva, justamente para fazer isso: deixar o aluno por mais tempo e dar condições dele se aperfeiçoar profissional e academicamente e seguir na graduação, pós-graduação, quem sabe”, complementa a coordenadora vinculada à Escola Superior de Gestão, Comunicação e Negócios (ESGCN).

De acordo com o professor Juliano, que também coordena os cursos de Engenharia Elétrica e Engenharia Biomédica da Escola Superior Politécnica (ESP) da Uninter, o percentual da população que faz técnico e graduação é “minúscula”, e hoje no mercado falta muita mão de obra técnica. O profissional prospecta que em uma década, dentro da área de engenharia, vão faltar milhares de profissionais.

“Fazendo o técnico, você já entra no mercado de trabalho com um curso de 1.000, 1.200 horas. Meio semestre, você já está no mercado de trabalho. E aí, consegue entrar na graduação, então para mim é um grande avanço”, ressalta Juliano.

Os docentes visam a dar continuidade ao projeto e pensar em mais formações que consigam adaptar competências do nível técnico e que vão servir para o curso superior. Eles vão abordar o tema no programa Conversa com o Reitor desta sexta-feira, 14 de julho, às 9h30, transmitido pela Rádio Uninter.

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Autor: Nayara Rosolen - Jornalista
Edição: Arthur Salles - Assistente de Comunicação Acadêmica
Créditos do Fotógrafo: Nayara Rosolen - Jornalista


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