A importância do pensamento computacional no mundo contemporâneo

Autor: Marcelo Paranhos (*)

O pensamento computacional é uma habilidade essencial no mundo de hoje, impulsionado pelo rápido desenvolvimento da tecnologia digital e da computação. Pode ser definido como um conjunto de habilidades mentais e estratégias cognitivas que permitem a resolução eficiente e sistemática de problemas com base nos conceitos e métodos da lógica de programação. Isso inclui a capacidade de dividir um problema complexo em partes menores e mais gerenciáveis, identificar padrões e tendências relevantes, desenvolver algoritmos e implementar soluções usando linguagens de programação e outras ferramentas.  

A importância do pensamento computacional pode ser vista em várias áreas e setores, incluindo educação, indústria, pesquisa científica e desenvolvimento de software. Entre os principais pontos que destacam a importância do pensamento computacional podemos citar a resolução de problemas complexos, tomada de decisões informadas, criatividade e inovação. Além disso, o pensamento computacional promove a colaboração entre equipes multidisciplinares. Ao compartilhar soluções, discutir abordagens e trabalhar em conjunto para resolver problemas, as pessoas podem aproveitar a diversidade de conhecimentos e experiências para obter resultados melhores.  

Essa forma de pensar é aplicável em diversas áreas da vida e não se limita apenas à programação, uso de computadores, a projetos e processos, mas é uma abordagem ampla e flexível que ajuda a melhorar a tomada de decisões e a resolução de problemas em nosso cotidiano, e que deveria ser adotada logo nos primeiros anos escolares 

Na escola, pode atuar de forma transversal em áreas como matemática, ciências e tecnologia da informação. Entretanto, em um cenário de desistência que atinge sete em cada dez alunos de formação de professores em exatas, o desafio é ainda maior. Muitas redes de ensino já sentem a dificuldade da falta de professores e já há um temor de um apagão de professores nos próximos anos. Mas, é realmente necessário estudar lógica e programação de computadores para desenvolver o pensamento computacional?  

Existem várias abordagens do ensino do pensamento computacional como a programação de computadores, o uso de jogos e atividades lúdicas, a criação de projetos, entre outras. Ainda existe a chamada “computação desplugada”, que é uma abordagem pedagógica que visa ensinar conceitos de ciência da computação e programação sem a necessidade de dispositivos eletrônicos, como computadores e tablets. Essa abordagem pode ser aplicada em diversos contextos educacionais, desde escolas com poucos recursos tecnológicos até programas de inclusão digital em áreas remotas ou de baixa renda.  

Um bom exemplo é o jogo de xadrez intimamente relacionado de várias maneiras ao pensamento computacional e que pode ser usado como um contexto para aplicar e desenvolver habilidades de pensamento computacional. O xadrez é cheio de padrões e problemas complexos que devem ser resolvidos durante a partida. O reconhecimento de padrões e a decomposição desses problemas em situações menores ajuda na tomada de decisões rápidas e eficientes. 

Em resumo, o pensamento computacional é uma habilidade essencial para enfrentar os desafios do século XXI, em especial da era digital. Ele ajuda a resolver problemas, promover a inovação, tomar decisões embasadas em dados, capacitar as pessoas em relação à tecnologia e prepará-las para o futuro.  

Na medida em que a tecnologia continua a avançar, espera-se que o pensamento computacional se torne uma habilidade ainda mais valiosa. A automação, a inteligência artificial e outras tecnologias emergentes estão transformando a maneira como trabalhamos, vivemos e interagimos com o mundo. O pensamento computacional oferece uma base sólida para se adaptar a essas mudanças e se manter relevante no futuro. 

(*) Marcelo Paranhos é Engenheiro, Mestre Formação Científica, Educacional e Tecnológica e Coordenador dos Cursos de Pós-Graduação em Engenharias na UNINTER.  

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Autor: Marcelo Paranhos (*)
Créditos do Fotógrafo: Pexels


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