A quem interessa a desigualdade social?

Autor: Natalia Jucoski - estagiária de jornalismo

A desigualdade social é um desafio para a sociedade. A sociedade sempre foi injusta e uma grande parte da população se mantém com mínimas condições, apenas sobrevivendo e não vivendo. Reverter esse cenário é algo muito complexo, já que não existe uma única solução mágica para tal.

Pode ser caracterizada a desigualdade: “Quando a gente não tem a possibilidade de acesso a determinados bens, serviços que são produzidos socialmente pela grande gama da classe trabalhadora”, explica a professora do curso de Serviço Social da Uninter, Mariana Richter.

A desigualdade é fundamentada principalmente por indicadores sociais, por isso é preciso salientar a importância de fazer um recorte de classe. Enquanto existir a disparidade tão clara e presente nas camadas da sociedade brasileira, que por muitas vezes se organiza de maneira cultural, o debate precisa ser feito, pois sem a redução das desigualdades não há progresso.

Há também um componente social e político na questões. Daí a importância das lutas coletivas e dos movimentos sociais, é necessário trabalhar em comunidade para que a individualização não tenha espaço. “Se a gente não conhece a história, se a gente não conhece a organização da sociedade e todo esse processo de relação de forças entre as classes e essas questões que estão presentes na nossa sociedade, principalmente a brasileira, não de hoje, mas toda a herança histórica, cultural, a gente facilmente corre esse risco tendência para uma individualização”, explica a professora Mariana.

Mas, a quem interessa a desigualdade social? A resposta seria aos ricos e às pessoas com poder, segundo a professora do curso de Serviço Social da Uninter Cleci Elisa Albiero. “Quanto menos gente com acesso à educação, com acesso à criticidade, mais fácil as pessoas são de serem manipuladas. Isso também tem a ver com desigualdade”, ressalta. Sempre irá existir quem lucre com a exploração, pobreza, racismo etc., sempre haverá interesses por trás dessas questões, é a questão da pirâmide de concentração de renda”, reflete.

Apesar dos fatos talvez haja uma solução a longo prazo para que a sociedade consiga atingir a equidade, na qual os recursos financeiros oferecidos pelo Estado sejam distribuídos em forma de políticas públicas e sociais que, acima de tudo, sejam efetivas.

O tema foi debatido pelo Global Meeting realizado pela Uninter no dia 27 de outubro. A live foi mediada pela professora Fabiana Prestes e teve como convidadas as professoras do curso de Serviço Social da Uninter, Mariana Richter e Cleci Elisa Albiero. O intuito da palestra foi de promover o diálogo para possibilitar a inclusão na sociedade a partir de uma análise dos indicadores socioeconômicos. A palestra está disponível na íntegra neste link.

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Autor: Natalia Jucoski - estagiária de jornalismo
Edição: Larissa Drabeski


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