1ª Semana de Ciências Agrárias Uninter debate o que há de mais atual no agronegócio

Autor: Nayara Rosolen - Jornalista

A Escola Superior Politécnica (ESP) da Uninter passou por uma grande expansão no início de 2022 devido ao lançamento dos cinco cursos da nova área de Ciências Agrárias: Bacharelado em Engenharia Agronômica, Tecnologia em Administração Rural e Tecnologia em Agricultura, coordenados pelo professor André Corradini, e Tecnologia em Paisagismo e Jardinagem e Tecnologia em Agronomia, sob coordenação da professora Maria de Fatima Medeiros.

“A gente nem achava que seria o sucesso que tivemos. Os cursos foram lançados em fevereiro e a gente cumpriu todas as metas que esperava. Acredito que os dois coordenadores têm uma responsabilidade muito grande pelo sucesso desses cinco cursos”, afirma o diretor da ESP, Antonio Lázaro Conte.

Conte lembra que o vice-reitor da Uninter, o professor Jorge Bernardi, foi quem, além de incentivar, mostrou o caminho para que atingissem o sucesso. E conta que um novo curso já está pronto para ser lançado em fevereiro de 2023: Tecnologia em Gestão do Agronegócio, com duração de três anos.

Para Bernardi, o lançamento de todos esses cursos após um longo período de pandemia e isolamento social, “é um momento histórico para a Uninter”.

O diretor e o vice-reitor estiveram presentes na abertura da 1ª Semana de Ciências Agrárias Uninter, junto aos coordenadores das graduações. De acordo com Conte, o evento terá uma continuidade anual, realizada sempre de forma virtual, para que possa convidar “profissionais das mais diversas localidades” e “entregar o melhor em termos de atualidade e conhecimento”. As apresentações foram realizadas ao vivo, em transmissões por meio do canal do Youtube da ESP.

Nesta primeira edição, que aconteceu nos dias 03, 04 e 05 de outubro, o coordenador Corradini explica que o corpo docente buscou convidar profissionais que se destacam no setor agropecuário e são expoentes em suas respectivas áreas.

“O objetivo principal desse nosso evento é levar o que há de mais importante e relevante na área de Ciências Agrárias. A gente procurou assuntos atuais, que enriqueçam o que a gente conhece sobre os temas”, salienta Corradini.

Produção sustentável e natureza na cidade

A engenheira agrônoma Rose Mary Celidonio foi a primeira palestrante da semana e abordou a “Produção Sustentável”, com apresentação da evolução e os caminhos que o mundo tem tomado nas questões sustentáveis. O assunto da atualidade, segundo a profissional, é ancorado pela tríade do econômico viável, o social justo e o ambiental correto.

Em seguida, o engenheiro agrônomo e paisagista João Paulo Roberto explanou sobre o tema “Paisagismo: Natureza na cidade”, contando sobre o mercado em que a profissão está inserida e o trabalho que realiza com a empresa de paisagismo Acer Haus, do qual é proprietário.

“Na verdade, a gente faz parte do mercado de construção civil, que está em franca expansão, é altamente competitivo e demanda profissionais como o agrônomo justamente pela escassez de profissionais. O mercado paisagístico ainda é muito amador, em que muitos profissionais têm um jeito antigo de fazer as coisas. Quando você apresenta uma proposta diferenciada, como foi a que me propus a fazer, tem um retorno bem bacana”, explica João Paulo.

O primeiro dia de bate-papo está disponível para livre acesso, neste link.

Grandes Culturas

No segundo dia de debate, foi a vez do produtor rural Carlos Mayer contar sua trajetória na área, desde a graduação até o cenário atual na região centro-oeste do país, mais especificamente o estado de Goiás. De acordo com o palestrante, o Brasil é a maior fronteira agrícola do mundo.

Durante a palestra “Grandes Culturas”, Mayer fala sobre o trabalho de desbravamento do Cerrado como fronteira agrícola e afirma que existe um potencial enorme de crescimento, não só horizontal, mas principalmente o vertical, “que tem tudo a ver com o trabalho dos engenheiros agrônomos, seja na pesquisa, na educação ou na extensão rural, que leva essa informação ao produtor rural para que ele consiga sempre crescer em produtividade”.

“O assunto envolve diversas áreas pelo nosso país, a gente tem as grandes culturas espalhadas por determinadas áreas e cada área tem uma peculiaridade na sua forma de produção, na produtividade. Acho que cada detalhe que a gente consegue observar e aprender de cada região, vai enriquecer todos nós”, aponta Corradini.

Fruticultura: importâncias e desafios

O Brasil é o terceiro maior produtor de frutas do mundo. Em 2021, exportou mais de 40 tipos de frutas e girou cerca de 1,07 bilhão de dólares. Porém, responde a apenas 2,4% das exportações mundiais, o que significa que a maior parte da produção fica para os próprios brasileiros.

De acordo com a coordenadora Maria de Fatima, é um tema importante “principalmente porque é um setor que trabalha muito com a agricultura familiar, que é uma realidade no nosso país”.

Por isso, a engenheira agrônoma Francelize Chiarotti, doutoranda em produção vegetal e proprietária de uma empresa de cursos e consultoria em Hortifruticultura foi convidada para apresentar o tema “Fruticultura: Importância e desafios”. A profissional mostrou toda a experiência na área até o momento e as diversas possibilidades de atuação.

“A gente vai dando pulos, tem que estudar muito, porque todo dia é um desafio. São manejos novos e diferentes vindo todo dia, produtores que estão estudando e colocam a gente contra a parede… Dizer que o ‘agro é pop, agro é top, agro é tudo’ não é balela, é fato mesmo”, salienta Francelize.

A agrônoma, assim como Mayer, esteve presente no segundo dia de evento. Para assistir na íntegra, clique aqui.

Os maquinários e as cadeias produtivas para o agronegócio brasileiro

O Brasil é o maior produtor de soja, café, açúcar e suco de laranja do mundo. Também é o maior exportador destes produtos, além de carne bovina e carne de frango. Para acompanhar tamanha demanda, são desenvolvidas novas tecnologias todos os dias.

As últimas apresentações da semana acadêmica contaram com três membros da empresa de equipamentos e serviços CNH Industrial. O gerente de Engenharia de Produto, Celito Fritzen, Diego de Oliveira do setor de systems integration, e Cinthia Jesus do talent acquisition.

Depois de Cinthia apresentar a empresa, Celito e Diego falaram sobre o porquê investir em tecnologia na agricultura e quais são as principais tecnologias e ramos nos quais estão sendo aplicadas.

“Até 2027, o Brasil será responsável pela produção de 41% da comida no mundo. Há cada vez mais um papel de protagonismo, fala-se muito em segurança alimentar”, aponta Fritzen.

Para finalizar, o doutor em Medicina Veterinária e especialista em Agronegócios, João Ricardo de Souza, realizou uma palestra sobre “Cadeias Produtivas para o Agronegócio Brasileiro”. O profissional debate o que são, como impactam o setor e onde se pode atuar.

Segundo Souza, “o agronegócio brasileiro é um pujante atualmente, tem vários cenários. O cenário atual é muito favorável, tanto para nossa formação quanto para a nossa parte econômica”.

Assista à live completa por meio deste link.

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Autor: Nayara Rosolen - Jornalista
Edição: Larissa Drabeski


4 thoughts on “1ª Semana de Ciências Agrárias Uninter debate o que há de mais atual no agronegócio

  1. Muito interessante ver a condição e extensão do nosso território, onde podemos fazer uma trajetória profissional aliado aos conhecimentos agronômico e tecnologia, destacando a segurança alimental da humanidade, fato real e previsível com plenitude de uma cooperação nada menos que 41% na oferta de alimentos a população mundial, agora veja um dos motivos da cobiça de outros países em querer dominar o Brasil e tomar nosso espaço de biodiversidade e territorial, entendo que há em tudo isso o interesse maior, ter a segurança alimentar sob seu controle e poder. Nós brasileiros, com uma riqueza imensurável e profissionais bem preparados, temos sim condições de mantermos nossa independência agroindustrial e agropecuária acima de um patamar antes nunca visto pelo mundo externo, ou seja outros países que nos ignoram e nos tratam como um povo subdesenvolvido e sem capacidade. Provamos ao contrário desde a descoberta deste novo continente, terra dos tupis Guaranis, terra do Pindorama e Iracema. Logo na revolução industrial, podemos destacar a invenção do avião por brasileiro Alberto Santos Dumont que a princípio serviu como arma de guerra entre as nações, hoje continua ainda sendo usado como arma letal de combate no campo militar, porém vamos destacar um papel mais importante que a guerra, é o uso do avião no combate as pragas, aumentando a produtividade e o alavancamento da produção de vários produtos, elevando o poder econômico agroindustrial, mantendo um índice de tonelagem invejável nos celeiros dos seus produtores. Esta é uma razão pela qual resolvi voltar a ser um estudante de agronomia com a intenção de ser mais um colaborador da nossa futura geração e a preservação ambiental do nosso planeta.

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