Tecnologias educacionais para emancipação política e social
Autor: Marli Turetti Rabelo Andrade*
A tecnologia e a educação na produção do saber promovem o acesso e a transformação política e social. Entretanto, quais são os benefícios do uso da tecnologia na educação?
O impacto da tecnologia no contexto educacional, considerando o processo de ensino e aprendizagem, pode estimular a autonomia na construção do conhecimento, motivar o trabalho em equipe nas atividades colaborativas e interativas, potencializar e gerenciar as atividades educacionais, além de auxiliar, ao longo do tempo, na construção do conhecimento e na emancipação política e social.
A universalização da informação, por meio das tecnologias avançadas, nos traz muitas incertezas. Entretanto, as gerações futuras, entre o novo estilo de trabalho, familiar e social, podem participar do efeito multicultural, que vai aos poucos criando e recriando a cultura de emancipação crítica. Há pesquisas que comprovam o uso das tecnologias em novas práticas de ensino de 65% dos professores.
Com efeito individual e coletivo na ordem mundial, regional e local, a revolução dos meios de comunicação originou-se na Revolução Industrial do século XVIII. Um bom exemplo é a Fundação Roberto Marinho em parceria com o MEC e as Secretarias de Educação, que beneficiam mais de dez mil alunos gratuitamente a estudarem para o Enem.
Os recursos das tecnologias de informação e comunicação criaram um oceano de informações disponíveis na internet, o ambiente virtual é uma imersão no mundo real e virtual.
A interação ocorre com atividades simples na troca de informações no WhatsApp, e-mail e outras ferramentas de comunicação. O computador ajuda a organizar os arquivos e as atividades utilizados pelos docentes e discentes. Os ambientes virtuais de aprendizagem podem conter o suporte do ensino híbrido, presencial e remoto, valorizando os livros, os conteúdos e as atividades complementares.
O aprendizado que acontece de forma contextual, a qualquer momento e em qualquer local, contribui para redução das desigualdades e promove a justiça social, considerando a superação pelas possibilidades de acesso ao conhecimento e à capacitação profissional.
No entanto, os desafios de implementação da tecnologia nas escolas podem ser um diferencial educacional, na rede pública e na rede privada. Os recursos tecnológicos e a mediação do docente na educação, ainda, necessitam de formação continuada, para formação de um cidadão crítico, autônomo e participativo da emancipação educacional, política e social.
* Marli Turetti Rabelo Andrade é doutora em Educação e professora da Área de Humanidades da Escola Superior de Educação da Uninter.
