Agosto dourado traz conscientização sobre o aleitamento materno
Autor: Leonardo Tulio Rodrigues - estagiário de jornalismo
Há 20 anos, a primeira semana do mês de agosto é marcada pela conscientização quanto ao aleitamento materno. Oficialmente estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) em 1992, a data representa hoje o movimento social mais difundido em defesa da causa.
No Brasil, o mês é chamado “Agosto Dourado” e é um período exclusivo para se debater a importância da amamentação e incentivar a doação de leite materno.
História de incentivo
Em 2021, o número de nascimentos foi de 2,5 milhões, número com tendencia de queda em comparação com o ano anterior com computou 2,6 milhões de novos cidadãos. Entretanto, a conscientização quanto à amamentação não perde sua força, devido à relevância do tema.
Mas, se engana quem acredita que esse é um processo simples. A coordenadora do curso de Gerontologia da Uninter, Maria Caroline Waldrigues, explica que a amamentação humana não é um ato natural e instintivo. É necessário todo um preparo da mãe antes de realizar o processo. “A amamentação cria um vínculo entre mãe e filho”, destaca.
Segundo ela, amamentar nem sempre foi uma prioridade em muitas sociedades. Um grande exemplo disso é a cultura das Amas de leite, trazida da Europa para as Américas durante o período colonial.
A Ama de leite é a mulher que amamenta criança alheia quando a mãe natural está impossibilitada de fazê-lo. Geralmente esse encargo era dado às escravas que já tinham filhos.
Como resultado disso, essas crianças não reconheciam a mãe biológica, pois foram amamentadas por outra pessoa, o que resultou na retirada das amas da casa dos senhores.
Já no século 20, a iniciativas internacionais são para que o aleitamento materno seja um processo maximamente confortável e saudável. É nesse contexto que surge a Semana Mundial de Aleitamento Materno. A iniciativa teve início em 1990, em um encontro entre a Organização Mundial de Saúde com a UNICEF, em que foi gerado um documento nomeado como “Declaração de Innocenti”.
Em 1991, foi fundada a Aliança Mundial de Ação pró-Amamentação (WABA). No ano seguinte, a WABA foi a responsável pela criação da Semana Mundial de Aleitamento Materno.
Doação de leite humano
Mulheres que amamentam e produzem um grande volume de leite podem procurar um banco de leite humano mais próximo e realizar uma doação para ajudar na nutrição de outras crianças.
A doação é incentivada, pois são muitos os benefícios do leite materno para os recém-nascidos. O leite materno é perfeito para a nutrição de crianças, além de ajudar a prevenir infecções, melhorar a imunidade do bebê, prevenir obesidade e anemias, auxilia no desenvolvimento do sistema nervoso e diminui o risco para déficit de atenção.
Para uma boa qualidade na amamentação, são destacados alguns pontos. Entre eles o cuidado com o pré-natal e a assistência de profissionais que entendam do assunto durante o período pós-parto
As medidas são indicadas não só para que a amamentação seja de qualidade para o bebê, mas também para que o processo seja confortável para a mãe.
O tema foi abordado durante a edição especial do Programa Saúde em Foco, transmitido no dia 3 de agosto. Comandado pela jornalista Bárbara Carvalho, o programa recebeu a enfermeira e coordenadora do curso de Gerontologia da Uninter, Maria Caroline Waldrigues.
Assista ao programa Saúde em Foco pelo canal de Youtube da Rádio Uninter.
Autor: Leonardo Tulio Rodrigues - estagiário de jornalismoEdição: Larissa Drabeski
