A docência escolheu Daniele

Autor: Sandy Lylia da Silva – Estagiária de Jornalismo

Dos 25 anos de existência da Uninter, Daniele Assad Gonçalves esteve presente em 20. Estudante da casa desde 2001 e colaboradora desde 2006, ela vem trilhando uma carreira de crescimento na instituição que a despertou para uma paixão antes desconhecida, a docência.

Aos 17 anos de idade, Daniele ingressava no curso de Administração com habilitação em Comércio Exterior. Não poderia imaginar, naquele momento, que a Uninter se tornaria sua segunda casa.

Um ano após se formar, fez especialização em Direito Internacional e foi trabalhar na área de comércio exterior. Mas logo surgiu uma vaga para atuar na Uninter como tutora de polo, e Daniele resolveu experimentar. “Recordo das aulas serem ministradas ao vivo em estúdios e transmitidas para os alunos em sala de aula, sob supervisão de um tutor. Desta maneira, eu ficava com os alunos de Direito, tanto de graduação quanto da pós-graduação. Também aplicava provas, que eram impressas, para pessoas com necessidades especiais, independente da disciplina. Com o tempo, fui passando por outros setores e, mais adiante, me tornei professora”, relembra.

O despertar da paixão pela docência

A menina Daniele era uma criança muito estudiosa, e essa motivação para o estudo permaneceu na vida adulta. Em 2008, apenas três anos após ter se graduado, ela já contava três especializações no currículo: além de Direito Internacional, Educação Tecnológica Superior e Tutoria em EAD,  o que já indicava seu crescente interesse pela docência. “Conforme minha trajetória na Uninter evoluía, fui me apaixonando pela educação. Tive muitas trocas de experiências com professores, que inclusive lecionaram na minha primeira graduação. Foi muito gratificante, de aluna passei a ser colega de trabalho, e hoje muitas vezes nós brincamos sobre isso nos corredores. As histórias dos alunos com quem eu tinha contato me fizeram enxergar que realmente a docência era o meu lugar. O compartilhar das experiências, o conhecimento que a gente adquire e transmite é um tesouro inestimável. Sempre falo, foi a docência que me escolheu, não fui eu que a escolhi”, declara.

Sua segunda graduação na Uninter teve início em 2012: Direito. Formou-se em 2016, e em seguida especializou-se em Direito Penal e Criminologia, Perícia Judicial e Extrajudicial e em Direito e Gestão Notarial e Registral. “Quando entrei para a área do Direito, o meu grande amor, contei com o grande apoio da professora Débora Veneral, diretora da Escola Superior de Gestão Pública, Política, Jurídica e Segurança, da qual faço parte. Ela me incentivou a me especializar na área penal, mas minha paixão era pelo Direito Trabalhista. Conversando melhor com ela, acabei por me tornar especialista em Direito Penal, descobrindo nesta área uma nova paixão”, afirma a docente.

Depois de lecionar presencialmente, no curso de Relações Internacionais, nas disciplinas de Direito Internacional e Direito Constitucional, e de ser tutora e posteriormente coordenadora do curso de Tecnologia em Gestão de Serviços Jurídicos e Notariais, Danielle hoje atua na graduação como professora das disciplinas de Direito Ambiental, Direito Constitucional, Direitos Humanos, Direito Internacional e Contratos, Direito Aplicado e Legislação Aplicada e Direito do Consumidor. Ministra aulas de Direito Internacional Privado e Seminários Temáticos na pós-graduação, além de ser coordenadora dos cursos de Tecnologia em Gestão de Serviços Jurídicos e Notariais e Tecnologia em Mediação, Conciliação e Arbitragem.

 Viciada em estudar

2021 foi o ano em que ela concluiu, também na instituição, o seu Mestrado Profissional em Educação e Novas Tecnologias. “Criei um produto, um simulador em que os alunos colocam o que aprenderam na prática”, conta. O “Detective Intvestigation” foi desenvolvido como um jogo educativo do tipo simulador, para ser aplicado como atividade de aprendizagem no Curso Superior de Tecnologia em Investigação Profissional da Uninter.

Conforme explica em sua dissertação, “a experiência do jogo busca mesclar o entretenimento e a educação, próprios dos jogos com cunho educativo. A partir das premissas e de um processo de storyboard, o jogo é desenvolvido de maneira a simular experiências aleatórias, ligadas a problemas reais, proporcionando um nível de desafio de forma a manter uma vivência de flow por parte do aluno. O trabalho do jogador o leva a um mundo investigativo que trará dois tipos de final: um deles consiste no encerramento do caso pelo detetive Brisco, personagem do simulador, e o outro sem êxito algum”.

Daniele explica como surgiu a ideia de desenvolver o produto: “Eu fui tutora deste curso logo quando ele nasceu, em fevereiro de 2018. Em virtude de não ser exigido estágio obrigatório para conclusão desta graduação, me surgiu a ideia do simulador, pois percebia interesse nos alunos em realizar atividades práticas. Com apoio do professor Gerson Luiz Buczenko, coordenador do curso, criamos este produto, que estará disponível em breve, quando realizarmos algumas atualizações e melhorias com o nosso detetive Brisco”, comenta ela.

“Depois de terminar o mestrado, eu resolvi fazer duas especializações, uma delas, em nossa instituição. Jurei que iria tirar um ano sabático, mas não consegui: estou matriculada na Pós-graduação de Direito Digital, Compliance e LGPD da Uninter. Eu adoro um caderninho, brinco que a culpa é dos meus pais, pois desde os três anos de idade frequento a escola. Nunca deixei de ter contato com o conhecimento, sou viciada em estudar”, afirma Assad.

 Família e projetos futuros

Quem hoje vê Daniele acumulando realizações não imagina que ela chegou a ouvir de um médico que não completaria a faculdade. Diagnosticada com leucemia aos 19 anos, “os médicos disseram que eu não tinha chance de sobreviver até o fim da faculdade, mas superei a doença. Todos estes fatos me fizeram crescer, foram divisores de águas para eu me tornar quem sou hoje”, ressalta.

Casada há 11 anos com José Luiz, com quem tem dois filhos, Maryne e Miguel, ela declara que sempre teve o sonho de formar uma família e ser mãe. “Tenho momentos muito marcantes em minha vida, um deles foi o nascimento de meu irmão, que é meu orgulho, o outro foi o nascimento de meus filhos. Maryne está para completar sete anos, Miguel tem seis meses. Minha filha é minha parceira, acho que vai ser advogada, mas ela já me disse que quer ser ativista e trabalhar na Uninter”.

Tricoteira amadora e estudante de coreano, ela sonha em visitar a Coréia do Sul. “Tenho várias paixões, como sou fluente em inglês há muito tempo e sou  apaixonada por outras culturas, estou aprendendo coreano. Além disso, voltei a tricotar durante a pandemia, atividade que aprendi com 10 anos, e agora minha filha está tentando aprender também”.

Quando questionada sobre planos e sonhos futuros, ela comenta que até pensa em doutourado, mas no momento as especializações são mais interessantes. O planejamento prioritário agora é uma viagem para conhecer os palácios do império e da dinastia coreana.

Daniele contou sobre sua vida no programa “Memória Viva”, da Rádio Uninter, apresentado por Bárbara Carvalho e exibido em 31.março.2022. Você pode conferir a transmissão completa no canal do YouTube da Rádio Uninter, através deste link.

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Autor: Sandy Lylia da Silva – Estagiária de Jornalismo
Edição: Larissa Drabeski
Revisão Textual: Jeferson Ferro


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