Prototipagem, sustentabilidade e metaverso – desvendando o ecossistema das startups

Autor: Armando Kolbe Junior

A indústria tem utilizado muito a prototipagem, tornando-a uma ferramenta essencial. Por meio dos protótipos, podemos ter mais segurança antes de lançar um produto, que tenha as qualidades exigidas pelo mercado.

Entretanto, elaborar um protótipo pode ser um processo bem demorado e, em muitos casos, oneroso. Normalmente, são feitos diversos modelos antes de chegar ao ideal e isso traz muito mais dor de cabeça que resultado.

Diante desse problema, temos a prototipagem rápida como sendo uma boa alternativa, elaborando protótipos de forma mais ágil e com maior exatidão. Nesse cenário, surgem as impressoras 3D e os softwares de design virtual, alterando a maneira como se pensam novos produtos, não somente em indústrias.

O processo é realizado pelos sistemas Computer-Aided Design (CAD), Design Assistido por Computador, em português, que são plataformas que oferecem o apoio digital para criar protótipos; ou seja, nessas plataformas, podemos criar modelos virtuais do que se busca produzir, construir ou estruturar.

Esses sistemas tornaram-se um pré-requisito em qualquer tipo de prototipagem, pois trazem facilidades, como a exportação de arquivos, tornando as técnicas de desenho manual obsoletas.

Mas mesmo dispondo do protótipo digital, era preciso criar modelos físicos, imitando as proporções dos desenhos disponibilizados, surgindo assim os sistemas Computer-Aided Manufacturing (CAM), Fabricação Assistida por Computador, iniciando o processo de prototipagem por usinagem. Assim, permitiu-se a manufatura de peças mais próximas ao grau de complexidade e detalhe, necessários para os testes de desempenho.

Infelizmente, a usinagem exige investimentos altos, utilizando maquinário avançado e operadores capacitados, gerando desperdícios com rebarbas do material usinado.

Face a esses custos com prototipagem, desenvolveram diferentes métodos na busca de protótipos rápidos, confiáveis e seguros. Existem diversos processos utilizados em cada método na prototipagem rápida.

Nos processos em que se utiliza a impressão 3D, feita em poucas horas, temos: a estereolitografia, considerado um dos métodos mais detalhados de prototipagem rápida e impressão 3D disponíveis atualmente; a sinterização seletiva a laser, que faz uso de materiais em pó no lugar de líquidos; e a deposição de material fundido, que é uma extrusora que aquece o material utilizado até sua fundição e na sequência é depositado em camadas até a fabricação total da peça.  O produto é feito em camadas finas que se sobrepõem até o resultado final.

Na prototipagem rápida, podemos encontrar diversas aplicações práticas da impressão 3D, como peças complexas, flexíveis, tubos, dobradiças. Exemplos reais de protótipos que podem ser feitos, chegando a ser cogitada a utilizar essas peças como produtos funcionais em alguns casos. A prototipagem rápida é um recurso muito rico e as impressoras 3D são um novo marco da produção.

Sabemos que a tendência do mercado é inovar cada vez mais, sendo difícil manter o foco na criação de linhas de produção de apenas um produto. A impressão 3D pode ser um caminho para auxiliar nesse processo.

Entretanto, tem se falado muito sobre os milhões de toneladas de resíduos, peças, lixo em geral, que são depositados todos os anos em nosso planeta. Questiona-se, portanto, a razão de continuar desperdiçando tanta energia e materiais utilizados em amostras físicas caras e poluentes.

Os que devem ser os primeiros a dar exemplo são os fornecedores e compradores de materiais, por meio da utilização de amostras digitais e interfaces de visualização em 3D, que passa a ser uma alternativa rápida e limpa ao processo utilizado tradicionalmente nas amostras físicas.

Utilizar  recursos e experiências digitais  inovadoras, por meio da tecnologia 3D, passa a ser uma tendência frequente na apresentação de produtos e serviços. Algumas organizações e feiras estão adotando esse tipo de soluções virtuais, que vão além do compartilhamento da imagem de um produto no site de e-commerce ou no marketplace.

Tem sido utilizado compartilhamento de novos produtos para clientes estratégicos, antes do lançamento, permitindo a exploração visual e simulação 3D. O mesmo pode ocorrer com aqueles visitantes que, durante o evento, não tiveram oportunidade de explorar os detalhes de uma coleção ou de um produto específico. Por meio de um link, terão acesso a toda a coleção virtual e poderão explorá-la a partir de um smartphone.

(*) Armando Kolbe Junior é coordenador do curso de Gestão de Startups e Empreendedorismo Digital do Centro Universitário Internacional Uninter.

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Autor: Armando Kolbe Junior
Revisão Textual: Larissa Drabeski


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